2007-11-29 11:13:49

Mensagem de Bento XVI com conselhos para os jovens migrantes: Resistir à violência e ao ódio
 


(29/11/2007) Bento XVI espera que os jovens migrantes sejam capazes de resistir, em todo o mundo, às tentações da violência e do ódio. Numa mensagem divulgada a 28 de Novembro , o Papa critica aqueles que exploram e abusam destas pessoas.
"Sede respeitadores das leis e nunca vos deixeis levar pelo ódio e pela violência", pede o Papa aos jovens na mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado, que será celebrado pela Igreja a 13 de Janeiro de 2008.
A mensagem espera que os novos migrantes sejam capazes de construir, com os outros jovens da sua idade, "uma sociedade mais justa e fraterna, cumprindo escrupulosa e seriamente os vossos deveres em relação às vossas famílias e ao Estado".
Bento XVI recomenda ainda aos destinatários da mensagem que procurem ser "protagonistas, desde já, de um mundo no qual reine a compreensão e a solidariedade, a justiça e a paz".
Para além dos conselhos, a mensagem papal deixa duras críticas aos que fazem destes jovens "vítimas de exploração, de chantagens morais e até de abusos de todos os géneros".
O Papa fala em especial dos adolescentes e dos menores não acompanhados, "que constituem uma categoria de risco entre quantos pedem asilo".
"Estes jovens, com frequência, acabam na estrada deixados a si mesmos e à mercê de exploradores sem escrúpulos que, muitas vezes, os transformam em objecto de violência física, moral e sexual", alerta.
São também recordadas as "crianças e adolescentes que tiveram como única experiência de vida «campos de permanência obrigatórios» (campos de refugiados ou de deslocados internos, ndr), onde se encontram segregados, distantes dos centros habitados e sem possibilidade de frequentar normalmente a escola". "Como podem olhar com confiança para o seu futuro?", pergunta o Papa.
O documento fala ainda da chamada «dificuldade da dupla pertença»: "por um lado, eles sentem profundamente a necessidade de não perder a cultura de origem, mas, por outro, sobressai neles o desejo compreensível de se inserir organicamente na sociedade que os recebe, sem que isto, contudo, leve a uma completa assimilação e à consequente perda das tradições ancestrais".
A Igreja, assegura Bento XVI, "olha com especial atenção para o mundo dos migrantes e pede a quantos receberam nos Países de origem uma formação cristã que façam frutificar este património de fé e de valores evangélicos, de modo a oferecer um testemunho coerente nos diversos contextos existenciais".
A mensagem deixa uma nota final para os estudantes que se encontram fora do seu país, pedindo que "tenham a ocasião de se abrir ao dinamismo intercultural, enriquecendo-se no contacto com outros estudantes de culturas e religiões diversas".
"Será importante também o compromisso de criar nas salas de aulas um clima de respeito recíproco e de diálogo entre todos os alunos, com base nos princípios e valores universais que são comuns a todas as culturas", indica o Papa.








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