«Sinais encorajadores» de diálogo com o Islão no encontro de oração e reflexão do
Colégio Cardinalício desta sexta feira
(24/11/2007) A reunião de quase meia centena de Cardeais de todo o mundo com Bento
XVI, esta Sexta-feira, chegou ao fim com uma palavra de satisfação perante os "sinais
encorajadores" surgidos no diálogo com o Islão.
No segundo comunicado oficial
da Santa Sé a respeito deste encontro, convocado pelo Papa, refere-se que os Cardeais
acolheram com agrado a carta de 138 intelectuais do mundo muçulmano apelando ao diálogo
e a visita ao Vaticano do Rei da Arábia Saudita. Depois de uma manhã dedicada às
questões do diálogo com as outras Igrejas e confissões cristãs, alguns dos 16 Cardeais
que tomaram a palavra regressaram a este tema para falar da "colaboração entre cristãos
para a defesa da família na sociedade e nos ordenamentos jurídicos", bem como da "importância
do ecumenismo espiritual e das relações pessoais com os fiéis e as autoridades das
outras confissões cristãs".
Segundo a nota oficial divulgada pelo Vaticano,
as considerações dos Cardeais "alargaram-se às dificuldades da fé cristã no mundo
secularizado, ao dever e à importância da nova evangelização que responda às expectativas
profundas e permanentes de felicidade e liberdade do homem pós-moderno". Falou-se
da dinâmica missionária na América Latina, na Vida Consagrada, na formação dos seminaristas
e na imprensa católica, em particular o Osservatore Romano. Na reunião foi ainda
recordada a Carta do Papa aos católicos da China e do seu "acolhimento favorável por
parte dos Bispos e dos fiéis". Os Cardeais destacaram "a urgência do compromisso
da Igreja em favor da paz, na luta contra a pobreza e pelo desarmamento, em especial
o nuclear".
Numa intervenção conclusiva, o Papa explicou que a sua nova encíclica,
dedicada à esperança, quer ser "uma resposta aos anseios mais profundos dos nossos
contemporâneos".