2007-11-23 20:15:16

PRESIDENTE DA PONTIFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA APROVA PESQUISA COM CÉLULAS DA PELE


Cidade do Vaticano, 23 nov (RV) – O presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Elio Sgreccia, definiu, nesta quinta-feira, um "feito histórico" a conquista de cientistas japoneses e norte-americanos, que conseguiram "reprogramar" células da pele humana, para que tenham propriedades de células-tronco embrionárias. Segundo ele, a técnica "aparentemente não apresenta problemas éticos", ao contrário da pesquisa com o uso de embriões.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Sgreccia se mostrou entusiasmado diante do que considerou "uma novidade histórica", sobretudo, porque não será necessária a clonagem terapêutica dos embriões, prática condenada pela Igreja Católica.

O responsável pela Pontifícia Academia para a Vida, organismo que tem como objetivo promover a ciência e favorecer a pesquisa, à luz da Doutrina Social da Igreja, afirmou que esse grande resultado permite afirmar que entre ética e ciência existe uma forte relação.

"A ética que respeita o homem é útil para a ciência e confirma que não é verdade que a Igreja seja contrária à pesquisa em geral, e sim à má pesquisa, que lesa direitos do ser humano, neste caso, dos embriões" _ acrescentou.

O cientista japonês, Shinya Yamanaka, cuja equipe conseguiu criar células-tronco a partir de cinco mil células, participou, no ano passado, dos trabalhos da Academia para a Vida, no Vaticano.

A nova técnica, caso aperfeiçoada, poderá permitir que os cientistas criem células-tronco com um código genético específico do paciente, eliminando o risco de rejeição que pode ocorrer no caso do uso de células obtidas por meio de embriões.

As células-tronco têm sido consideradas uma das maiores esperanças da Medicina, pois podem se transformar em mais de 220 tipos de células do corpo humano. (CM/AF)







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