2007-11-23 19:51:47

ADMINISTRADOR APOSTÓLICO DE MOGADÍSCIO AGRADECE AO PAPA POR TER RECORDADO O DRAMA DO POVO SOMALIANO


Mogadíscio, 23 nov (RV) – O bispo de Djibuti e administrador apostólico de Mogadíscio, Dom Giorgio Bertin, agradece ao papa por ter recordado o drama do povo somaliano.

"Estamos imensamente agradecidos pelo apelo feito pelo Santo Padre à comunidade internacional, sobre a dramática situação do povo somaliano" _ disse o bispo.

Na Audiência Geral desta quarta-feira, Bento XVI referiu-se à situação na Somália: "Sigo com apreensão, o desdobrar-se dos eventos e faço apelo àqueles que têm responsabilidades políticas, em nível local e internacional, a fim de que encontrem soluções pacíficas e levem alívio àquela cara população" _ afirmou o papa.

O administrador apostólico de Mogadíscio afirma que "dói ver o quanto é difícil intervir em uma realidade complicada com a somaliana", mas ele acredita que "a comunidade internacional deve assumir suas próprias responsabilidades e prestar socorro a uma população que se encontra no limite".

Os líderes religiosos somalianos reunidos em Hargheisa, a capital da autoproclamada República Independente da Somália, publicaram uma declaração em busca da resolução do conflito e construção da paz. Trata-se de um documento muito importante _ disse Dom Bertin. "Um dos pontos que mais me impressionaram é aquele em que se afirma que se aceitam as outras religiões."

"No momento não tenho informações precisas sobre os líderes religiosos que elaboraram a mensagem. Posso dizer que na Somália se distinguem duas correntes islâmicas: a primeira é a tradicional, ligada ao Sofismo e às confrarias religiosas; se trata de um Islã que quer a paz, com o qual é possível o diálogo. A outra, mais recente, é a corrente ideológica, ligada a uma parte política, que tem uma visão extremista da religião" _ explica Dom Bertin.

"Com a primeira corrente religiosa se pode e se deve dialogar. Inclusive em uma situação difícil como a da Somália, é possível a colaboração entre católicos e muçulmanos" _ acrescenta o administrador apostólico de Mogadíscio. (JD/AF)







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