CARDEAIS E PAPA OBSERVAM DIA DE ORAÇÃO E REFLEXÃO, NA VIGÍLIA DO CONSISTÓRIO DE SÁBADO
Cidade do Vaticano, 22 nov (RV) - Nesta sexta-feira, será realizado, na Sala
Nova do Sínodo, no Vaticano, um dia de reflexão e oração, dos cardeais e do papa,
em vista do consistório ordinário público de sábado, para a criação de 23 novos cardeais.
A meditação da manhã, introduzida pelo presidente do Pontifício Conselho para
a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, será dedicada ao diálogo
ecumênico.
Os novos purpurados _ disse Bento XVI, ao anunciar o consistório
deste sábado, na Audiência Geral de 17 de outubro passado _ "saibam testemunhar com
coragem, em toda circunstância, o seu amor por Cristo e pela Igreja".
Entre
os futuros cardeais, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer.
O
presidente da Conferência Episcopal Italiana, Dom Angelo Bagnasco, arcebispo de Gênova
_ também ele, um dos novos cardeais _ ressaltou que a dignidade cardinalícia é uma
grande responsabilidade a ser acolhida com grande consciência: "É uma responsabilidade
nova, que investe a minha pessoa _ disse Dom Bagnasco _ como o ato de confiança do
papa, que investe toda a Arquidiocese, a minha comunidade. Portanto, estou certo de
que tanto os meus sacerdotes quanto os fiéis de Gênova têm consciência desse dom e
dessa nova tarefa de fidelidade ao Santo Padre e de vivacidade da comunidade cristã."
A
designação cardinalícia, em alguns casos, chega de modo inesperado: foi o que declarou
outro prelado que, neste sábado será criado cardeal. Trata-se do arquivista e bibliotecário
de Santa Romana Igreja, Dom Raffaele Farina: "Ser cardeal não é pouca coisa e não
se pode permanecer indiferente diante do cardinalato, embora eu, sinceramente, não
esperasse. Sobretudo, aquilo que me parece evidente é o temor de não ser digno, de
não estar à altura desse encargo, dessa honra. Temor também por eventuais outros encargos
que o Santo Padre poderá me confiar."
"Gostaria também de expressar um desejo
_ acrescentou Dom Farina _ dirigindo-me à maioria daqueles que trabalham no Vaticano
e que são leigos: Faço votos de que trabalhem motivados, isto é, conscientes do serviço
que prestam à Santa Sé, trabalhando ao lado do papa, e que trabalhem com entusiasmo,
com otimismo e com reconhecimento." (RL/AF)