2007-11-18 12:50:30

O Evangelho do dia, o Beato António Rosmini e as vítimas do Bangladesh: evocados pelo Papa ao Angelus


(18/11/2007) O modelo de vida do Padre Rosmini, beatificado neste domingo à tarde, em Novara (norte de Itália), foi evocada por Bento XVI, depois do Angelus, na Praça de São Pedro. O Papa realçou o empenho com que, no meio de tantas dificuldades (mesmo dentro da Igreja), em pleno século XIX, este sacerdote actuou no exercício da caridade, nomeadamente do que chamava “a caridade intelectual”, para uma “reconciliação da razão com a fé”.

“Esta tarde será beatificado em Novara o venerável servo de Deus António Rosmini, grande figura de sacerdote e ilustre homem de cultura, animado por um fervoroso amor a Deus e à Igreja. Ele testemunhou a virtude da caridade em todas as suas dimensões e num elevado nível, mas aquilo que o tornou mais conhecido foi o empenho naquilo que ele chamava caridade intelectual, isto é, a reconciliação da razão com a fé. Que o seu exemplo ajude a Igreja, especialmente as comunidades eclesiais italianas, a crescerem na consciência de que a luz da razão e a luz da Graça, se caminham conjuntamente, se tornam manancial de bênção para a pessoa humana e para a sociedade”.

Bento XVI recordou também o “tremendo ciclone” que atingiu nos últimos dias o sul do Bangladesh, causando numerosíssimas vítimas e destruições…
“Renovando a expressão do meu profundo pesar às famílias e a toda aquele tão cara nação, faço apelo à solidariedade internacional, que já se pôs em movimento para enfrentar as necessidades mais imediatas. Encorajo a desenvolver todos os esforços para socorrer estes irmãos tão duramente provados”.

Na alocução inicial, antes das Ave-Marias, o Papa comentou brevemente o Evangelho deste domingo, em que Jesus convida os discípulos a não terem medo, enfrentando isso sim, com confiança, “dificuldades, incompreensões e mesmo perseguições, perseverando na fé”. Tendo bem presente a exortação do Senhor, “desde o início a Igreja vive na expectativa orante” do Seu regresso”, “perscrutando os sinais dos tempos e pondo de sobreaviso os fiéis contra os messianismos” que ressurgem de vez em quando anunciando como iminente o fim do mundo. “Na realidade, a história deve fazer o seu caminho, que comporta também dramas humanos e calamidades naturais. Nela se desenvolve um plano de salvação ao qual Cristo já deu cumprimento na sua incarnação, morte e ressurreição.”
Há, pois, que acolher o convite de Cristo a enfrentar os acontecimentos de cada dia com uma grande confiança no seu amor providente:
“Não receemos pelo futuro, mesmo quando este nos possa aparecer preocupante, porque o Deus de Jesus Cristo, que assumiu a história para a abrir ao seu cumprimento transcendente, é o seu alfa e ómega, princípio e fim. Ele nos garante que em cada pequeno mas genuíno acto de amor está todo o sentido do universo, e que quem não hesita em perder a própria vida por Ele, a reencontra em plenitude”

Esta “perspectiva” de fé e de esperança, vivem-na intensamente – recordou o Papa – as monjas de clausura, às quais a Igreja dedica uma Jornada especial, na próxima quarta-feira, memória da apresentação de Maria ao templo. “Muito devemos a estas pessoas que vivem daquilo que a Providência lhe assegura mediante a generosidade dos fiéis”.

“O mosteiro, como oásis espiritual, indica ao mundo de hoje a coisa mais importante, mais ainda – a única coisa decisiva: que existe uma razão última pela qual vale a pensa viver – Deus e o seu amor imperscrutável. A fé que actua pela caridade é o único antídoto contra a mentalidade niilista que na nossa época vai estendendo cada vez mais o seu influxo no mundo







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