Construir um mundo de paz e de justiça, grande desafio do nosso tempo. Bento XVI antes
da recitação do Angelus referindo-se a São Martinho de Tours. Apelo para o Libano:
que seja eleito um Presidente de todos.
(11/11/2007) Que São Martinho nos ajude a compreender que somente através de um
comum empenho de partilha, é possível responder ao grande desafio do nosso tempo:
isto é, construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com
dignidade. Isto pode acontecer - salientou o Papa – se prevalece um modelo mundial
de autentica solidariedade capaz de assegurar a todos os habitantes do planeta o alimento,
a água, os cuidados médicos necessários, mas também o trabalho e os recursos energéticos,
bem como os bens culturais, o saber cientifico e tecnológico . Antes da recitação
do Angelus com os milhares de fiéis congregados na Praça de São Pedro, Bento XVI partira
de uma referencia á festa neste dia 11, de São Martinho de Tours, “ um dos santos
mais celebres e venerados da Europa. São Martinho – recordou – é famoso sobretudo
por um acto de caridade fraterna: ainda jovem soldado, encontrou pelo caminho um pobre
transido e tremer de frio, agarrou então na própria capa e cortando-a em duas com
a espada, deu metade àquele homem e durante a noite apareceu-lhe em sonho Jesus sorridente,
envolvido naquela mesma capa. Queridos irmãos e irmãs – explicou o Papa – o gesto
caridoso de São Martinho inscreve-se na mesma lógica que levou Jesus a multiplicar
os pães para as multidões famintas. Mas sobretudo a deixar a si próprio em alimento
á humanidade na Eucaristia, Sinal supremo do amor de Deus, o “Sacramentum caritatis” “A
Virgem Maria ajude todos os cristãos a serem como São Martinho, testemunhas generosas
do Evangelho da caridade e construtores incansáveis de partilha social” -Depois
da recitação do Angelus o Papa referiu que a Assembleia Nacional libanesa proximamente
será chamada a eleger o novo Chefe de Estado. Como mostram as numerosas iniciativas
empreendidas nestes dias – salientou Bento XVI – trata-se de uma passagem crucial
da qual depende a própria sobrevivência do Líbano e das suas instituições. “Faço
minhas as preocupações expressas recentemente pelo Patriarca maronita Sua Beatitude
o Cardeal Nasrallah Sfeir, e o seu auspicio no sentido de que no novo Presidente possam
reconhecer-se todos os libaneses. Juntos supliquemos Nossa Senhora do Líbano,
para que inspire a todas as partes interessadas a necessária indiferença dos interesses
pessoais e uma verdadeira paixão pelo bem comum . O Papa recordou depois que neste
Domingo se celebra na Itália o Dia do agradecimento que tem como tema: “guardião de
um território amado e servido”. De facto nos nossos dias - disse o Papa – os agricultores
são, não apenas produtores de bens essenciais, mas também o guardião do ambiente natural
e do seu património cultural. Portanto, enquanto damos graças a Deus pelos dons da
criação, rezamos para que os trabalhadores da terra possam viver e trabalhar em serenidade
e prosperidade e cuidar do ambiente para o bem de todos. Neste Domingo o Papa saudou
de maneira especial a comunidade argentina de Roma, presente numerosa na Praça de
São Pedro por ocasião da beatificação de Ceferino Namuncurá que terá lugar hoje em
Chimpay na Argentina, onde a celebração será presidida pelo cardeal Secretario de
Estado Tarcisio Bertone.. Falando em espanhol o Papa deu graças ao Senhor pelo
testemunho extraordinário daquele jovem estudante de 19 anos que animado pela sua
devoção á Eucaristia e pelo seu amor a Cristo, desejava ser salesiano e sacerdote
para mostrar o caminho para o céu aos seus irmãos mapuches. Com a sua vida ilumina
o nosso caminho para a santidade, convidando-nos a amar os nossos irmãos com o amor
com o qual Deus nos ama. Peçamos a Maria Auxiliadora que o exemplo do Novo Beato,
produza frutos abundantes de vida cristã, principalmente entre os jovens.