(7/11/2007) A Casa Branca assumiu ontem a defesa da liberdade de expressão e do
direito de reunião no Paquistão sem, contudo, incentivar as manifestações contra o
presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, aliado fundamental dos Estados Unidos
da América (EUA) na "guerra contra o terrorismo". Recorda-se que Pervez Musharraf
decretou o estado de emergência no sábado passado, invocando o aumento de atentados
e ingerência do poder judicial nas prerrogativas do Governo na luta contra terroristas
islamistas. Todavia, a Oposição e os observadores políticos acreditam que Musharraf
(que dirige o país há oito anos, na sequência de um golpe de Estado) quer manter-se
no poder e inviabilizar as eleições legislativas que estavam previstas para Janeiro.
A
Casa Branca e as democracias ocidentais já exigiram que Musharraf reponha as liberdades
cívicas mas, desde sábado, continuam presos ou sob residência vigiada mais de 1.500
pessoas, incluindo avogados, magistrados, dirigentes políticos e líderes partidários.