(06/11/2007) Eliminar os “estereótipos” que, tanto da parte da Igreja como do mundo
laico, afectam a relação entre ciência e teologia: pediu-o D. Gianfranco Ravasi, ao
apresentar nesta terça-feira, no Vaticano, o Congresso Internacional “Ontogénese e
vida humana – a identidade do embrião”, que vai ter proximamente lugar, no âmbito
da edição 2007 do Projecto STOQ Para o novo presidente do Conselho Pontifício
para a Cultura, a relação ciência - teologia é uma questão nuclear, que há que enfrentar
evitando os lugares comuns, pois na verdade se cai frequentemente no recurso a muitos
estereótipos, tanto da parte eclesiástica como do mundo laico. Em todo o caso, é necessário
que “este discurso prossiga de modo vivo e em liberdade, seguindo a trajectória: ensino,
investigação e divulgação. Para D. Gianfranco Ravasi, a “investigação é um dos
capítulos mais árduos, até porque abrange também outros problemas, alguns mesmo brutais
e económicos”. No que diz respeito à divulgação, há que superar “a tentação, da casta,
de usar uma linguagem esotérica ou oracular, fechada em si mesma, na própria torre
de marfim”.
O Projecto STOQ (sigla de “science, theology and the ontological
quest” = ciência, teologia e pesquisa ontológica) abrange seis universidades pontíficias
de Roma (Lateranense, Gregoriana, Regina Apostolorum, Salesiana, Santa Cruz e São
Tomás), coordenadas pelo Conselho Pontifício para a Cultura, com o apoio da “Fundação
John Templeton” e de outras instituições e mecenas. O Congresso deste ano terá lugar
de 15 a 17 do corrente (mês de Novembro), enfrentando aspectos biológicos, biomédicos,
filosóficos, teológicos e jurídicos, da ontogénese.