POSSÍVEL ENCONTRO ENTRE BENTO XVI E O DALAI LAMA EM DEZEMBRO PRÓXIMO
Pequim, 03 nov (RV) - O governo chinês ameaça sempre sérias retorsões contra
quem se encontra com o Dalai Lama, mas isso "não impedirá que se realize o encontro
entre o nosso líder e Bento XVI, e tal fato nos encoraja para o futuro". Foi o que
disse Samdhong Rinpoche, chefe do executivo da Administração Central Tibetana, comentando
as ameaças proferidas pelo Ministério das Relações Exteriores de Pequim, a propósito
da possível visita do Dalai Lama Tenzin Gyatso a Bento XVI, no dia 13 de dezembro
próximo.
"Quando o chefe do Budismo tibetano foi aos EUA, sublinha Rinpoche,
a embaixada chinesa nos EUA mandou uma carta pessoal aos diplomatas, ameaçando sérias
represálias, caso participassem da entrega da medalha de ouro do Congresso dos EUA
ao Dalai Lama. A mesma coisa aconteceu na Alemanha e Canadá."
Todavia _ ressalta
Rinpoche _ "o encontro entre o líder espiritual e político tibetano, em exílio na
Índia, com o Papa tem uma relevância diferente: o Dalai Lama respeita todos os religiosos,
e todas as religiões do mundo, e Bento XVI é um dos mais importantes chefes religiosos
do mundo". Além disso, "a Igreja Católica fala sempre em favor da liberdade religiosa
e dos direitos humanos".
"Esse encontro será de grande importância _ especial
e significativo _ e enviará um sinal positivo aos líderes políticos e religiosos do
mundo, e também a todos aqueles que trabalham em prol dos direitos humanos e da liberdade
religiosa no mundo inteiro" _ finalizou Rinpoche. (MJ/AF)