ANGELUS: APELO DO PAPA EM FAVOR DE UMA SOLUÇÃO PACÍFICA ENTRE TURQUIA E CURDISTÃO
IRAQUIANO
Cidade do Vaticano, 04 nov (RV) - Bento XVI assomou, esta manhã, ao meio-dia,
à janela de seus aposentos, no último andar da residência apostólica vaticana, para
rezar a oração mariana do Angelus, com os milhares de fiéis e peregrinos presentes
na Praça São Pedro,
Antes, porém, como o faz habitualmente, proferiu uma breve
reflexão sobre o episódio evangélico proposto pela liturgia deste primeiro domingo
de novembro: o encontro de Jesus com Zaqueu, na cidade de Jericó.
Nesse episódio
narrado por Lucas, Zaqueu, publicano, contador romano, queria tanto ver Jesus! Mas,
por ser baixo de estatura e devido à multidão de pessoas em torno, não conseguia.
Então, subiu numa árvore. Jesus o viu e pediu que ele descesse rapidamente, porque
queria ir à sua casa. Ao ser chamado pelo nome, aquele homem desprezado pelos outros,
encontrou Jesus, ou melhor, encontrou a salvação, mediante sua conversão.
"Mais uma vez _ disse o papa _ o Evangelho nos diz que o amor, partindo do coração
de Deus e atuando através do coração do homem, é a força que renova o mundo."
Esta
verdade _ disse o pontífice _ resplandece, de modo singular, no testemunho de São
Carlos Borromeu, arcebispo de Milão, que a liturgia celebra hoje.
Após a oração
mariana do Angelus, Bento XVI saudou, em diversos idiomas, os numerosos fiéis e peregrinos
reunidos na Praça São Pedro, concedendo a todos a sua bênção apostólica.
Antes
de concluir mais este encontro semanal com os fiéis, o Santo Padre falou de sua preocupação
pelas notícias que nos chegam, nos últimos dias, sobre a tensão reinante na fronteira
entre a Turquia e o Iraque...
"Gostaria _ disse Bento XVI _ de encorajar todos
os esforços voltados a uma solução pacífica dos problemas que, recentemente, emergiram
entre a Turquia e o Curdistão iraquiano. Não posso esquecer que, naquela região _
acrescentou o pontífice _ numerosos povos encontraram refúgio, escapando da insegurança
e do terrorismo que tornaram difícil, nos últimos anos, a vida no Iraque."
Levando
em consideração o bem daquelas populações, entre as quais estão numerosos cristãos,
o Papa fez votos de que as partes envolvidas possam chegar a uma solução de paz.
Concluindo
seu apelo, Bento XVI exortou: "Que os responsáveis pela segurança e pelo acolhimento,
saibam fazer uso dos meios apropriados, para assegurar os direitos e os deveres que
estão na base de toda verdadeira convivência e encontro entre os povos." (MT/AF)