2007-11-03 18:37:33

IGREJAS CRISTÃS SE REÚNEM NA CALIFÓRNIA PARA FALAR DE PAZ E RECONCILIAÇÃO


Berkley, 02 out (RV) - Compreender como as Igrejas cristãs na Ásia podem se tornar agentes de paz e reconciliação: esse foi o tema central do recente encontro ecumênico realizado em Berkley, Califórnia (EUA), que reuniu bispos, especialistas e teólogos da América e da Ásia. Participaram do evento membros das Igrejas cristãs do Japão, China, Hong Kong, Coréia, Taiwan e de numerosos outros países asiáticos.

O encontro buscou analisar, com base no papel espiritual, cultural e social das Igrejas nos diversos países asiáticos, os instrumentos, as modalidades, os locais e os tempos em que os cristãos podem se tornar promotores de paz e de reconciliação, em países em guerra, onde existem conflitos civis, divisões étnicas e violências perpetradas em nome do fundamentalismo religioso.

Um dos caminhos irrenunciáveis para as Igrejas é a oração: os participantes destacaram que "por meio da oração, se proclama Cristo como Boa Nova de paz e de amor". Um dos conferencistas, Rev. Shintaro Ichihara, proveniente do Japão, destacou que, no País do Sol Nascente, as Igrejas cristãs vivem a dicotomia entre a tradição cultural japonesa e o estilo de vida social totalmente ocidentalizado. Mas, servindo de ponte entre esses dois aspectos e buscando mantê-los em consideração nas liturgias e na ação apostólica, os cristãos agem como instrumentos de reconciliação na sociedade e na cultura japonesas.

Para Chun Wai Lam, teólogo de Hong Kong, a Igreja deve ser um "local de inclusão", capaz de promover a paz na sociedade, por meio de escolas e serviços sociais, inclusive nos contextos em que é minoria.

O Dr. Young-Sil Choi, professor de Novo Testamento, no Instituto de Estudos Teológicos, da Universidade da Coréia, falou do papel dos cristãos, no criar uma "cultura de reconciliação", relatando a experiência do povo coreano, dividido há mais de 50 anos, em duas nações diferentes. "Reconciliação _ disse _ não significa anular as diferenças, mas recuperar uma relação autêntica com o outro."

Todos os participantes do encontro concordaram sobre a necessidade de que os cristãos progridam no caminho ecumênico, oferecendo um grande testemunho de unidade entre si, para poderem ser arautos da paz, da solidariedade, do amor e da reconciliação, em sociedades e nações que vivem em conflito. (BF/AF)







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