2007-11-03 16:22:20

ECONOMIST: RELIGIÃO É PARTE "IMPRESCINDÍVEL" DA POLÍTICA NO SÉCULO XXI


Roma, 03 nov (RV) – "Os ateus e os agnósticos podem até mesmo não suportar esta realidade, mas nos dias de hoje, a religião é parte imprescindível da política." Essa é uma das conclusões a que chega o especial, dedicado pelo "Economist", esta semana, às relações entre religião e política, num mundo onde, sobretudo depois dos fatos de 11 de setembro de 2001, nos EUA, a fé retornou ao centro do debate público.

Considerada quase como "em vias de extinção", no curso do último século, a religião _ escreve o semanário britânico _ jamais desaparecera, e fora, sobretudo, o mundo ocidental a subestimar sua vitalidade, ao menos até uns dez anos atrás, quando a crise das ideologias seculares, iniciada na década de 70, abriu à religião os espaços que haviam ficado livres, após a queda da confiança na capacidade dos governos.

A religião, todavia, segundo um relatório feito pessoalmente, pelo diretor do "Economist", John Micklethwait, "voltou a centro da cena como uma questão mais democrática e social: foram os cidadãos, e não mais os Estados, que promoveram essa volta da religião ao centro da vida pública, em sociedades nas quais a tolerância e a laicidade são consideradas como "valores adquiridos"".

"Não é a secularização a ser moderna, como acreditavam muitos intelectuais, mas sim o pluralismo. Com a liberalização da religião, tanto os fiéis quanto os ateus mais entusiastas vivem uma fase de prosperidade" _ diz a revista.

No quadro desse retorno "pluralista" da religião, se pode esperar, porém, paralelamente, nas sociedades desenvolvidas, um aumento dos contrastes entre as várias confissões, assim como entre os que crêem e os que não crêem, especialmente no que diz respeito a questões éticas e científicas controvertidas.

O semanário britânico sugere aos políticos que afrontam os complexos problemas de uma sociedade multirreligiosa, que "mantenham sólido, em linha de máxima, o princípio da divisão entre Igreja e Estado, aplicando essa divisão, porém de maneira pragmática. (BF/AF)








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