(31/10/2007) A Capela Sistina não é apenas uma obra-prima da pintura. É também uma
escola de teologia, uma colectânea de símbolos que remontam à Bíblia e à pregação
da Igreja, à luz da sensibilidade da época dos Papas que a desejaram e dos artistas
que a realizaram. A partir de agora é possível “ler” e descodificar estes símbolos
graças ao volume “A Sistina desvelada. Iconografia de uma obra-prima” do jesuíta,
Henrich Pfeiffer, especialista de História da Arte. Um amplo e esplêndido volume editado
conjuntamente pela Livraria do Vaticano e pela editora Jaka Book, com 185 grandes
reproduções a cor, e o custo de 130 Euros. Trata-se do primeiro título de uma
nova colecção de luxo – “Monumenta Vaticana Selecta”, desejada pela Editora do Vaticano
para ilustrar os tesouros do palácio e Museus do Vaticano. Proximamente será publicado
um segundo volume dedicado às obras de Rafael no Vaticano.
A apresentação
teve lugar terça-feira, nos Museus do Vaticano, com a intervenção do respectivo director,
do presidente da Editora do Vaticano e dos historiadores de arte Roberto Cassanelli
e Matthias Winner. “A Sistina desvelada” é fruto de anos de trabalho durante
os quais o Padre Pfeiffer, docente na Universidade Gregoriana, reconstruiu com tenacidade
e paciência as ligações e relações entre episódios e pormenores dos frescos e os textos
dos Padres da Igreja e variados escritos teológicos do âmbito franciscano, de personagens
presentes em Roma no tempo da realização da obra. Este volume é publicado simultaneamente
em alemão (em Stutgard), em francês (Paris), inglês (Nova Iorque) e espanhol (Barcelona).