2007-10-28 18:13:45

PAPA AO FINAL DE CONCERTO: "A VERDADEIRA ALEGRIA ESTÁ NA LIBERDADE QUE SOMENTE DEUS PODE DAR"


Cidade do Vaticano, 28 out (RV) - “Às vezes, precisamente através de períodos de vazio e de isolamento internos, Deus quer tornar-nos atentos e capazes de sentir a sua presença silenciosa não só no alto do firmamento, mas também no íntimo de nossa alma”.

Com essas palavras, Bento XVI comentou sábado à tarde a Nona Sinfonia de Beethoven, executada especialmente para ele pela Orquestra Sinfônica e o Coro alemão de Bayerischer Rundfunk, na Sala Paulo VI.

A solidão silenciosa - explicou - havia ensinado a Beethoven uma maneira nova de escutar, que parece uma maneira nova de percepção, um dom para quem obtém de Deus a graça de uma libertação externa e interna.

“A Nona Sinfonia, esta imponente obra-prima, suscita sempre de novo a minha maravilha: após anos de auto-isolamento e de vida retirada, com a depressão e a profunda amargura que ameaçavam sufocar a sua criatividade, o artista, já totalmente surdo, surpreendeu o público com uma composição que rompia a forma tradicional da sinfonia e, na cooperação de orquestra, coro e solistas, eleva-se a um extraordinário final de otimismo e de alegria. E não foi por acaso - concluiu Bento XVI - que precisamente a execução do Hino à alegria saudou a queda do muro de Berlim”.

A Sala Paulo VI dedicou um aplauso caloroso aos 174 artistas, e o pontífice foi saudar pessoalmente o maestro Jansons, aproximando-se do palco. Estavam presentes também o irmão do papa, mons. Georg Ratzinger, e o ministro presidente da Baviera Guenther Beckstein com a esposa, e diversos bispos, entre os quais o cardeal Friedrich Wetter, arcebispo emérito de Munique e Frisinga. (CM)








All the contents on this site are copyrighted ©.