2007-10-28 12:53:55

Os mártires impulsionam-nos a actuar incansavelmente no sentido da misericórdia, da reconciliação e da convivência pacífica: Bento XVI, ao Angelus.


(28/10/2007) Ao meio-dia, aparecendo, como habitualmente aos domingos, à janela dos seus aposentos, sobre a Praça de São Pedro, para a recitação do Angelus, Bento XVI referiu-se naturalmente à beatificação dos mártires espanhóis:

“Damos graças a Deus pelo grande dom destes heróicos testemunhas da fé que, movidos exclusivamente pelo seu amor a Cristo, pagaram com o seu sangue a sua fidelidade a Ele e à sua Igreja. Com o seu testemunho, iluminam o nosso caminho espiritual para a santidade, e encorajam-nos a entregar as nossas vidas como oferta de amor a Deus e aos irmãos.
Ao mesmo tempo, com as suas palavras e gestos de perdão para com os perseguidores, impulsionam-nos a trabalhar incansavelmente pela misericórdia, pela reconciliação e pela convivência pacífica.”

O Papa concluiu esta saudação exortando os peregrinos espanhóis a “fortalecerem cada dia mais a comunhão eclesial”, sendo “testemunhas fiéis do Evangelho, no mundo”, e “sentindo a dita de serem membros vivos da Igreja”.

Nas palavras pronunciadas em italiano, Bento XVI referiu também as outras beatificações que tiveram lugar neste mês de Outubro: Albertina Berkenbrock, Emmanuel Gomez Gonzalez e Adilio Daronch (há oito dias, no Brasil), e ainda Franz Jaegerstaetter (nesta sexta-feira, na Áustria) – todos eles mártires pela fé.
“O seu exemplo – observou o Papa – testemunha que o Baptismo empenha os cristãos a participar com coragem à difusão do Reino de Deus, cooperando se necessário com o sacrifício da própria vida. Contudo – acrescentou – é claro que nem todos são chamados ao martírio cruento. Há porém um martírio incruento, que não é menos significativo, como o de Celina Borzecka, esposa, mãe de família viúva e religiosa, ontem beatificada em Roma”.

“É o testemunho silencioso e heróico de tantos cristãos que vivem o Evangelho sem compromissos, cumprindo o seu dever e dedicando-se generosamente ao serviço dos pobres.
Este martírio da vida ordinária é um testemunho mais do que nunca importante nas sociedades secularizadas do nosso tempo. É a pacífica batalha do amor que cada cristão, como Paulo, deve combater incansavelmente; a corrida para difundir o Evangelho que nos empenho até à morte”.









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