2007-10-18 19:32:34

BENTO XVI RECEBE EM AUDIÊNCIA A PRESIDENTE DO CHILE, MICHELLE BACHELET


Cidade do Vaticano, 18 out (RV) - O Santo Padre iniciou seus trabalhos desta quinta-feira, recebendo em audiência, no Vaticano, a presidente do Chile, Michelle Bachelet. O encontro durou cerca de 40 minutos.

De fato, o encontro entre Bento XVI e Michelle Bachelet realizou-se num clima de amizade. A presidente do Chile encontrou-se, a seguir, com o cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, acompanhado do secretário das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.

"Os cordiais colóquios _ refere um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé _ permitiram uma troca de informações sobre a situação sociopolítica do país e sobre seu papel na América Latina. Foram abordados temas de interesse comum, como a vida humana e a família, a educação, os direitos humanos, a justiça e a paz e outras questões relevantes, da agenda internacional. Foi também reiterada _ conclui o comunicado _ a contribuição positiva dada pela Igreja Católica à sociedade chilena, especialmente nos âmbitos social e educacional."

Michelle Bachelet, de 56 anos de idade e socialista, é a primeira mulher chilena a ocupar o mais alto cargo da nação. Durante o regime de Pinochet, foi detida e torturada junto com sua mãe e seu pai. Este último morreu nos cárceres de Santiago do Chile.

A presidente chilena, médica pediatra, retornou ao Chile após um período no exílio. Com o retorno do regime democrático ao país, ocupou os cargos de ministra da Saúde e da Defesa. No dia 15 de janeiro do ano passado, foi eleita presidente.

No final da audiência, a presidente chilena expressou sua satisfação pelo encontro com o papa, a quem reiterou seus votos de que a Igreja e o governo chileno possam colaborar pelo bem do povo do Chile.

Entrevistada pela Rádio Vaticano logo após o encontro com o Santo Padre, eis o que nos disse a presidente Bachelet:

Michelle Bachelet:- "Para mim, é um grande privilégio ter vindo hoje, em visita, para essa audiência com o papa, como presidente do Chile; ter tido a possibilidade de falar-lhe sobre aquilo que queremos fazer e aquilo que estamos fazendo no Chile. Agradeço pela obra que a Igreja Católica levou avante em meu país, nos momentos difíceis e duros, e também na era da democracia. Conversamos bastante e profundamente sobre temas muito importantes para a Igreja e para meu governo: sobre como queremos que cresça o país, que seja moderno, mas que possa, porém, afrontar os dilemas da modernidade, da desagregação familiar, das famílias com um só genitor, e como essa situação deixa comumente as crianças abandonadas, levando-as à droga e à violência. Nesse campo, espero, realmente, poder trabalhar junto com a Igreja, com as forças sociais e sindicais e a sociedade civil, para reforçar nossa família e para construir um país melhor, economicamente, mas também mais humano e cheio de valores." (RL)







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