MONS. FORTINO FAZ BALANÇO POSITIVO SOBRE ENCONTRO CATÓLICO-ORTODOXO DE RAVENA

Cidade do Vaticano, 16 out (RV) - Concluiu-se no último domingo, em Ravena, centro-norte da Itália, a X Sessão Plenária da Comissão Mista Internacional de Diálogo Teológico entre as Igrejas Católica e Ortodoxa, realizada sob a direção de dois co-presidentes: o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, e o metropolita ortodoxo Ioannis de Pérgamo, Grécia.

O subsecretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Mons. Eleuterio Fortino, nos fez um balanço dessa reunião...

Mons. Eleuterio Fortino:- "Seguramente, é um balanço positivo, porque foi afrontado um tema que é essencial no diálogo entre católicos e ortodoxos, um tema difícil. Foram lançadas as bases para a continuação e para o aprofundamento do tema: "As conseqüências eclesiológicas e canônicas da natureza sacramental da Igreja: comunhão eclesial, conciliaridade e autoridade na Igreja". Como se vê, começa a ser abordado um tema que nos levará a afrontar o tema do papel do papa na Igreja de Cristo."

A sessão plenária registrou, infelizmente, a retirada dos representantes da Igreja Ortodoxa russa, sob a alegação de que não deveria estar presente à sessão, uma delegação da Igreja Ortodoxa da Estônia, que o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla considera autônoma, enquanto o Patriarcado de Moscou considera como "parte de seu território canônico".

P. Mons. Fortino, quais são as possíveis conseqüências _ no plano ecumênico _ dessas divergências entre Igrejas ortodoxas?

Mons. Eleuterio Fortino:- "A sessão continuou de modo positivo, também com os votos de bom êxito por parte dos delegados da Igreja Ortodoxa russa, mas, naturalmente, a ausência dos dois delegados do Patriarcado de Moscou representa um problema de relação. Trata-se, é verdade, de uma questão que se situa no âmbito das Igrejas Ortodoxas, sobre a qual a Igreja Católica nada tem a dizer, mas as tensões no seio das Igrejas Ortodoxas influenciam no diálogo entre católicos e ortodoxos, sobretudo nesse caso, em que se discutia a conciliaridade e a autoridade na Igreja." (RL)