2007-10-16 12:34:38

CARDEAL TAURAN: "A MORTE FOI PARTE INTEGRANTE DO MAGISTÉRIO DE JOÃO PAULO II"


Roma, 16 out (RV) - “A morte de um papa é parte integrante de seu magistério” – acredita o cardeal francês Jean Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. O cardeal participou ontem da apresentação do livro “Papa Wojtyla – O adeus”, do jornalista italiano Marco Politi, que descreve os últimos momentos de vida de João Paulo II, a partir do agravamento de sua doença até as grandes manifestações populares, promovidas depois de sua morte.
A reflexão sobre o longo sofrimento de JPII, profundo testemunho de fé, foi uma ocasião para o cardeal Tauran recordar que no atual mundo das ‘aparências’, um inválido também tem o direito de dizer uma palavra ao próximo, porque “o sofrimento, quando vivido de modo cristão, é fecundo, e nos recorda que a morte é uma passagem, que para ser enfrentada com serenidade, a esperança de encontrar Deus deve residir em nós”.
Já o historiador Andrea Riccardi, presidente da Comunidade de Santo Egídio, destacou que João Paulo II era um papa que “não dava descontos, não era um papa liberal, e inicialmente era quase impopular entre o clero. Então como se explicam as manifestações de massa depois de sua morte? Segundo Riccardi, o ‘segredo’ de papa Wojtyla estava em ser uma síntese entre um homem que viveu a verdade da fé e um homem que tinha simpatia por todas as pessoas. Uma simpatia que suscitava emoção em outras culturas e crenças.
Enquanto o mundo recorda hoje, 16 de outubro, 29 anos de sua eleição à cátedra de Pedro, vários veículos de comunicação italianos publicaram ontem a foto de uma fogueira na Polônia na qual se vê uma silhueta, interpretada pelos fiéis como a do falecido João Paulo II.
A foto foi tirada em Beskid Zywiecki, povoado polonês próximo à cidade natal de João Paulo II, Wadowice, em 2 de abril, enquanto estava sendo realizada uma vigília em memória dos dois anos da morte do papa. A imagem foi tomada exatamente às 21h37, hora da morte do pontífice.
O padre Jarek Cielecki foi o primeiro a publicar a foto, anteontem, no canal de televisão Vatican Service News (VSN). Ele disse que as chamas formavam uma silhueta que parecia a do papa.
O jovem polonês Grzegorz Lukasik, que bateu a fotografia na colina de Matiska, afirmou que, quando viu a imagem na tela de sua câmera digital, percebeu que “as chamas formavam a figura de João Paulo II com a mão erguida, como se estivesse abençoando”.
(CM)









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