2007-10-11 18:34:15

SANTA SÉ DEFENDE ESFORÇOS DE PAZ ENTRE AS DUAS CORÉIAS E O DESARMAMENTO NUCLEAR


Cidade do Vaticano, 11 out (RV) - Bento XVI iniciou suas atividades desta quinta-feira, recebendo em audiência, no Vaticano, o novo embaixador da Coréia do Sul junto à Santa Sé, Ji-Young Francesco Kim, para a entrega de suas credenciais.

A paz entre as duas Coréias, o desarmamento nuclear, a pesquisa sobre células-tronco e, ainda, a liberdade de ensinamento e a centralidade da verdade no atual mundo pluralista foram os pontos fortes do discurso do papa ao diplomata coreano.

Em sua saudação ao pontífice, o embaixador agradeceu ao papa por seu compromisso pela paz entre as Coréias e fez votos por uma visita do Santo Padre a terras coreanas.

A Santa Sé "defende toda iniciativa voltada a uma sincera e duradoura reconciliação" na península coreana, a fim de que se ponha fim às hostilidades e aos contrastes irresolutos. Foi o que ressaltou Bento XVI, encorajando os esforços da comunidade internacional, na promoção da paz entre as Coréias e na região.

Depois de ter ressaltado que o verdadeiro progresso se constrói "na honestidade e na confiança", o papa exortou o povo coreano a comprometer-se num "diálogo aberto e frutuoso", trabalhando para "aliviar a dor daqueles que sofrem pelas feridas" provocadas pela separação.

Todo Estado _ disse ainda o Santo Padre _ "é chamado a assegurar um mundo mais estável e seguro". Daí a esperança do papa de que a participação de diversas nações nas negociações de paz entre as Coréias leve também "ao fim dos programas voltados ao desenvolvimento e produção" de armas de destruição em massa.

A seguir, o Santo Padre dirigiu seu pensamento à pesquisa sobre células-tronco, em razão dos progressos alcançados pela Coréia no campo da biotecnologia. Essas aplicações _ advertiu _ devem sempre respeitar a dignidade da vida humana. "Em nenhuma circunstância _ foi sua primeira observação _ um ser humano pode ser manipulado ou tratado como mero instrumento de experimentação."

A destruição de embriões humanos _ reiterou o pontífice _ "para a aquisição de células-tronco ou para outras finalidades" contradiz a intenção de pesquisadores e legisladores, isto é, a promoção do bem do homem.

"A Igreja _ acrescentou _ não hesita em aprovar e encorajar a pesquisa sobre as células-tronco somáticas." E o faz por dois motivos: por um lado, pelos bons resultados obtidos mediante essa metodologia; e por outro, porque está em harmonia com "o respeito pela vida do ser humano em todo estágio de sua existência."

Bento XVI recordou que os coreanos rejeitaram as práticas de clonagem humana. Uma rejeição _ foram seus votos _ que poderá ajudar a comunidade internacional a considerar com atenção, as "profundas implicações éticas e sociais da pesquisa científica e de suas aplicações".

O Santo Padre ressaltou o extraordinário crescimento da Igreja Católica na Coréia, devido ao heróico exemplo de homens e mulheres que deram a vida por Cristo e pelos próprios irmãos. O sacrifício deles _ afirmou _ "nos recorda a urgência de perseverar na fidelidade à verdade".

Infelizmente _ enfatizou _ no mundo pluralista de hoje, alguns chegam até mesmo a negar a importância da verdade. No entanto, "a verdade permanece a única base para a coesão social". A verdade _ prosseguiu _ "não depende do consenso, mas o precede e o torna possível, gerando uma autêntica solidariedade humana".

Considerando o poder da verdade para unir os povos e sempre atenta ao desejo da coexistência pacífica _ precisou o papa _ a Igreja se esforça por intensificar a harmonia social, tanto na vida eclesial quanto na vida cívica.

Além disso _ sublinhou _ a Igreja não se cansa de proclamar a verdade sobre a pessoa humana "como conhecida pela razão natural e plenamente manifestada mediante a revelação divina".

Na conclusão de seu discurso ao diplomata coreano, Bento XVI se deteve sobre a liberdade do ensino: Os governos _ ressaltou _ devem garantir aos pais, a oportunidade de enviarem seus filhos a estudar nas escolas católicas "facilitando a realização e o financiamento de tais instituições". (RL/AF)








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