2007-10-10 18:21:48

OBSERVADOR DA SANTA SÉ NA ONU EXORTA ESTADOS À ATUAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS NA ÁREA DA SAÚDE


Nova York, 10 out (RV) - O observador permanente da Santa Sé na ONU em Nova York, Dom Celestino Migliore, fez um pronunciamento, nesta terça-feira, dia 9, perante a 62ª Assembléia Geral das Nações Unidas.

Falando sobre a atuação das Conclusões da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social, o arcebispo fez um apelo "para que os governos e as nações preservem a vida, em todos os estágios e em todos os quadrantes do mundo".

Depois de ter sublinhado que cerca de 10 milhões de crianças morrem, a cada ano, por causas que poderiam ser prevenidas com adequadas medidas sanitárias, o prelado advertiu que "a comunidade global parece ter perdido o sentido da necessidade de assegurar o direito a um serviço médico básico para todos".

"Embora os estudos mostrem que a prevenção médica simples é, freqüentemente, uma das maneiras mais eficazes e bem sucedidas de melhorar a saúde pública e dar estabilidade à sociedade _ argumentou Dom Celestino Migliore _ essa atenção básica é, geralmente, negligenciada."

Salientando a necessidade de "concentrar-se nas Metas do Milênio, para que haja uma melhor política da saúde, o observador permanente da Santa Sé denunciou ainda, que "as despesas militares superam o trilhão de dólares por ano, e que se empregam talento e recursos para o desenvolvimento de tecnologias que destroem vidas e o nosso Planeta".

Para impedir que essa situação se agrave _ disse Dom Migliore _ os Estados-membros da ONU devem "renovar seu compromisso em favor da preservação da vida, em todos os estágios e em cada canto do mundo".

Apesar de reconhecer que alguns países estão trabalhando com afinco, para alcançar as Metas do Milênio, o arcebispo exortou a dar "mais atenção aos Estados que ainda têm dificuldades em atuar as medidas que visam o alcance de tais metas, a fim de incentivar o investimento público e privado, e criar um clima econômico e social favorável à paz e à segurança".

As Nações Unidas se vêem sempre mais solicitadas a responder a múltiplos desafios, em todo o mundo. Para responder a tais solicitações _ ponderou Dom Migliore _ a ONU deve "continuar a trabalhar, para promover parcerias com a sociedade civil", capazes de "criar uma resposta humanitária previsível e reativa". "Os Estados-membros desempenham um papel fundamental diante das crises humanitárias _ sublinhou o observador vaticano."

Concluindo seu pronunciamento, Dom Celestino Migliore lamentou que as questões relativas à liberdade religiosa venham à tona somente quando se elevam as tensões e eclodem os conflitos, e manifestou seu desejo de que sejam promovidos programas capazes de incentivar o diálogo inter-religioso, a fim de que sejam estabelecidas as condições de uma paz sustentável. (AF)







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