CARDEAL MARTINO INAUGURA OS "DIAS DE EVANGELIZAÇÃO DA CULTURA" EM SALTA, ARGENTINA
Salta, Argentina, 06 out (RV) - O Cardeal Renato Raffaele Martino, Presidente
do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz inaugurou, ontem à tarde, em Salta, na
Argentina, os “Dias de evangelização da Cultura”.
A iniciativa é promovida
pela Pontifícia Universidade Católica argentina, cujo objetivo é “ser um espaço de
encontro, reflexão e proposta, a fim de enriquecer a identidade e a missão dos evangelizadores”.
Na
parte da manhã, o Cardeal Martino recebeu o título “honoris causa” da Universidade
Católica de Salta, ao presidir, na capela do Ateneu, uma celebração Eucarística de
início dos trabalhos.
Em seu discurso inaugural, o cardeal Martino destacou
que “a Igreja sabe que não deve fazer prevalecer a sua doutrina, politicamente, uma
vez que a sua finalidade é formar as consciências, em âmbito político, e contribuir
para o crescimento da percepção das verdadeiras exigências da justiça”.
Ao
tratar o tema “O compromisso dos fiéis cristãos leigos na sociedade civil e na
política”, o representante do Vaticano insistiu sobre “a necessidade da dimensão
ética da vida social e política, que não é dimensão facultativa, da qual depende,
não apenas a qualidade de vida das pessoas, das famílias, das instituições e do Estado,
mas, mais radicalmente, da sua sobrevivência”.
Se se prescindir da dimensão
ética, explicou o Cardeal, corre-se, inevitavelmente, o risco de se desumanizar a
vida e as instituições, transformando a vida social e política numa floresta, onde
impera a lei do mais forte.
O Magistério Social da Igreja, recordou o Presidente
do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, pretende salvaguardar a pessoa humana
e renovar a sociedade. Por isso, o cristão, incentivado pela caridade e a justiça,
não pode aceitar, passivamente, a existência de certas disfunções.
Aqui, o
Cardeal Martino chamou a atenção dos cristãos para que denunciem, abertamente, tais
disfunções, como a exploração de menores, a prostituição, o comércio de armas, a limpeza
étnica, a discriminação racial, a corrupção política, o narcotráfico. (MT)