EQUADOR: CONFERÊNCIA EPISCOPAL PEDE ATENÇÃO NA ELEIÇÃO DA CONSTITUINTE
Quito, 29 set (RV) - O Equador elege, neste domingo, 130 membros da Assembléia
Constituinte. Mais de nove milhões de pessoas são chamadas às urnas, para eleger a
comissão que, no próximo ano, trabalhará na elaboração de uma nova Constituição para
o país.
O processo eleitoral demonstra o sucesso do projeto apresentado pelo
presidente Rafael Correa, que objetiva "mudar a direção da vida política do país".
O chefe do Estado considera que a votação deste domingo será o processo mais democrático
da história do Equador.
A Assembléia Constituinte será eleita em paridade
de gêneros e, pela primeira vez, o Congresso equatoriano terá a presença de representantes
dos imigrantes.
A Conferência Episcopal do Equador, em mensagem distribuída
no início do mês, declarou que "todos os cidadãos estamos obrigados, em consciência,
a votar, e a votar bem. Em um país democrático, o voto dos cidadãos decide o próprio
futuro, o de nossas famílias e de todo o país".
Os bispos chamam a atenção
para a eleição de uma Assembléia Constituinte que "tenha a mais pura intenção de servir
a pátria e engrandecê-la". De acordo com a declaração episcopal, os eleitores devem
procurar eleger uma Assembléia composta de membros honrados, generosos e desinteressados,
que defendam o direito à vida, "desde sua concepção até a morte natural", e que promovam
um sistema econômico-social de iguais oportunidades para todos. Além disso, que sejam
conscientes de que o Equador é um país pluriétnico e pluricultural, e que defendam
a liberdade religiosa e de pensamento.
A vida política do Equador foi marcada
por fortes polêmicas, nos últimos meses: 57 deputados foram destituídos de seus cargos,
acusados de tentar bloquear o processo de consulta popular sobre a Assembléia Constituinte.
(EP/AF)