2007-09-28 17:24:17

A IMPORTÂNCIA DO TESTEMUNHO RELIGIOSO DA PAZ: MENSAGEM DA IGREJA CATÓLICA PELO FIM DO RAMADÃ


Cidade do Vaticano, 28 set (RV) - O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso enviou uma mensagem a cristãos e muçulmanos do mundo inteiro, por ocasião do fim do Ramadã _ o mês islâmico de jejum e penitência _ intitulada: "Chamados a promover a cultura da paz".

O texto _ assinado pelo novo presidente desse organismo vaticano, Cardeal Jean-Louis Tauran, e pelo secretário, Arcebispo Pier Luigi Celata _ expressa as felicitações amigáveis e calorosas do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, pela festa de "Id al-Fitr", que encerra o caminho percorrido durante o mês de jejum e oração, do Ramadã.

Esse caminho _ diz a mensagem _ "é um tempo forte para a vida da comunidade muçulmana, e dá nova força à existência pessoal, familiar e social". "É importante que cada um dê testemunho da mensagem religiosa, por uma vida cada vez mais íntegra e mais conforme ao plano do Criador" _ acrescenta o texto.

"Cada um de nós _ afirma o organismo vaticano _ deve estar a serviço dos irmãos, em solidariedade e fraternidade, como também dos membros de outras religiões, no desejo de trabalhar conjuntamente para o bem comum."

"No período conturbado que atravessamos _ recorda a mensagem vaticana _ os membros das religiões têm, sobretudo, o dever de trabalhar em prol da paz, que passa pelo respeito das convicções pessoais e comunitárias de cada um, assim como pela liberdade da prática religiosa."

A liberdade de religião, que não se reduz à simples liberdade de culto _ diz o documento _ é um dos aspectos essenciais da liberdade de consciência, que é a marca dos direitos humanos. Levando isso em consideração, poderá ser edificada uma cultura de paz e de solidariedade entre os homens, e todos poderão empenhar-se, em vista da construção de uma sociedade mais fraterna, sem violência.

"Todos nós sabemos _ diz o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso _ que a violência, em particular o terrorismo que agride cegamente e que faz numerosas vítimas, sobretudo, entre inocentes _ é incapaz de resolver os conflitos. Pelo contrário, só pode suscitar a engrenagem mortal do ódio destruidor, em detrimento do homem e das sociedades."

A mensagem exorta ainda, todas as pessoas de fé a estarem à frente, como educadoras da paz, dos direitos do homem, da liberdade respeitosa de cada um, mas também de uma vida social sempre mais forte, sem nenhuma discriminação.

"Ninguém _ sublinha o texto da mensagem _ pode ser excluído da comunidade nacional, em razão da raça ou religião, nem de nenhuma outra característica pessoal. Todos juntos, membros de tradições religiosas diferentes, somos chamados a difundir um ensino que honre toda a criatura humana, uma mensagem de amor entre as pessoas e entre os povos."

Devemos _ conclui a mensagem _ formar as jovens gerações, o futuro do mundo, a uma maior fraternidade e aos valores humanos, morais e cívicos fundamentais. Nesse espírito, é preciso intensificar o diálogo entre cristãos e muçulmanos, na sua dimensão educativa e cultural, para que se mobilizem todas as forças, a serviço do homem e da humanidade. (MT/AF)







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