"O TURISMO, PORTA ABERTA PARA AS MULHERES": TEMA DO DIA MUNDIAL DO TURISMO 2007
Cidade do Vaticano, 26 set (RV) - Celebra-se nesta quinta-feira, dia 27, o
Dia Mundial do Turismo.
Por ocasião do evento, o cardeal secretário de Estado,
Tarcisio Bertone, enviou uma mensagem ao secretário-geral da Organização Mundial do
Turismo (OMT), Dr. Francesco Frangialli, na qual afirma que é uma "obrigação denunciar
o escândalo intolerável do certo turismo sexual, que humilha as mulheres, reduzindo-as
a uma situação de escravidão".
O tema proposto pela Organização Mundial do
Turismo para este ano é "O turismo, porta aberta para as mulheres". "O turismo é,
certamente, um oportunidade, uma porta aberta para as mulheres na sociedade e na Igreja,
mas não está isento de dificuldades e desafios" _ afirma o Pontifício Conselho da
Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes.
O secretário desse organismo
vaticano, Dom Agostino Marchetto, disse que o turismo é uma porta aberta para as mulheres,
"porque nos setores da indústria do turismo, que está em contínua evolução, trabalham
mais de 200 milhões de pessoas".
Dom Marchetto sublinhou ainda, que o turismo
é "um verdadeiro motor para a economia, e uma grande fonte de trabalho, especialmente
para as mulheres que, segundo estimativas da Organização Mundial do Turismo, são a
maioria dos desempregados no mundo". De acordo com o arcebispo, as "mulheres representam
um percentual muito alto dos pobres no mundo, e ainda existem muitas desigualdades
entre homens e mulheres no campo do trabalho".
Em relação à contribuição que
o Pontifício Conselho oferece para a causa das mulheres, Dom Marchetto ressaltou que
o organismo vaticano "dedica muitas energias para estudar as situações das mulheres
em mobilidade humana, e procura promover suas capacidades e seus dotes, salvaguardando,
ao mesmo tempo, sua dignidade, segurança e liberdades fundamentais".
O prelado
ressaltou, porém, que o campo de ação da Igreja é especificamente pastoral. "Temos
a tarefa evangélica de infundir confiança e fazer crescer a consciência de suas capacidades,
dignidade e identidade feminina".
O arcebispo finalizou, dizendo que, "certamente,
o trabalho para as mulheres em campo turístico implica mais empenho, talvez um novo
modo de viver a maternidade e tantas dificuldades que se acentuam, pela periodicidade
dos fluxos turísticos e pelos empregos sazonais, com horários e turnos estressantes".
(MJ/AF)