2007-09-26 19:16:56

Paulo VI guiou a Igreja com realismo e optimismo evangélico, alimentados por uma fé indómita. Invocava a “civilização do amor, convencido que a caridade evangélica constitui o elemento indispensável para construir uma fraternidade universal autentica.


(26/9/2007) Na Sala dos Suíços do Palácio Apostólico de Castelgandolfo Bento XVI assistiu na tarde desta quarta a feira a um concerto por ocasião dos 110 anos de nascimento de Paulo VI, uma ocasião como salientou Bento XVI para falar de um Papa ilustre que prestou á Igreja e ao mundo um serviço quanto mais precioso em tempos nada fáceis e em condições sociais caracterizadas por mudanças culturais e religiosas profundas.
Prestamos homenagem – disse – ao espírito de sabedoria evangélica com a qual este meu amado Predecessor soube guiar a Igreja durante e depois do Concilio Vaticano II. Ele advertiu com intuição profética, as esperanças e as inquietações dos homens daquela época; esforçou-se no sentido de valorizar as suas esperanças positivas procurando iluminá-las com a luz da verdade e do amor de Cristo, único Redentor da humanidade.
O amor pela humanidade com os seus progressos, as descobertas maravilhosas, as vantagens e facilitações da ciência e da técnica – salientou depois Bento XVI não impediram a Paulo VI de pôr em evidencia as contradições, os erros e os riscos de um progresso cientifico e tecnológico desligado de uma referencia sólida a valores éticos e espirituais. O seu ensinamento continua a ser ainda hoje actual, e constitui uma fonte da qual se servir para melhor compreender os textos conciliares e analisar os acontecimentos eclesiais que caracterizaram a segunda parte de 1900.
Paulo VI foi prudente e corajoso ao guiar a Igreja com um realismo e um optimismo evangélico, alimentados por uma fé indómita. Ele desejou o advento da “civilização do amor, convencido que a caridade evangélica constitui o elemento indispensável para construir uma fraternidade universal autentica. Somente reconhecendo Deus como Pai, que em Cristo revelou a todos o seu amor, os homens podem tornar-se e sentir realmente irmãos. Somente Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem – acrescentou depois Bento XVI- pode converter o homem e torná-lo capaz de contribuir para a realização de uma sociedade justa e solidária. Os seu sucessores recolheram a herança espiritual do Servo de Deus Paulo VI; rezemos - disse o Papa a concluir – para que o seu exemplo e os seus ensinamentos sejam para nós encorajamento e estimulo a amar cada vez mais Cristo e a Igreja animados por aquela esperança indómita que sustentou Paulo VI até ao fim da sua vida.”








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