2007-09-21 15:08:53

Batalha dura contra o terrorismo mas dentro da legalidade. A liberdade religiosa compreende também o direito de mudar de religião, garantido a nivel juridico e na praxe quotidiana: salientou Bento XVI esta Sexta feira


(21/9/2007) Nos sistemas democráticos o uso da força nunca justifica a renuncia aos princípios do estado de direito: de facto pode-se proteger a democracia ameaçando os seus fundamentos? Foi o que afirmou Bento XVI no discurso dirigido aos parlamentares da Internacional democrática de Centro e democrata cristã, recebidos esta sexta feira em audiência em Castelgandolfo, depois de ter denunciado a ameaça do terrorismo.
É necessário portanto – acrescentou o Papa – tutelar incansavelmente a segurança da sociedade e dos seus membros, contudo salvaguardando os direitos inalienáveis de cada pessoa. O terrorismo – prosseguiu – deve ser combatido com determinação e eficácia, conscientes de que, se o mal é um mistério pervasivo, a solidariedade dos homens no bem é um mistério ainda mais difusivo.
A sociedade tem certamente o direito de defender-se – disse o Papa – mas este direito, como qualquer outro, deve ser sempre exercido no pleno respeito das regras morais e jurídicas também no que diz respeito á escolha dos objectivos e dos meios.
No seu discurso Bento XVI falou ainda da liberdade religiosa que compreende também o direito de mudar de religião que deve ser garantido não só juridicamente mas também na pratica quotidiana. ( Uma implícita condenação da praxe em vigor nos país islâmicos) Não se pode portanto excluir Deus do horizonte do homem e da história. É por isso – explicou – que deve ser acolhido o desejo comum a todas as tradições autenticamente religiosas, de mostrar publicamente a própria identidade, sem ser obrigado a escondê-la ou mimetizá-la. A liberdade religiosa – recordou ainda o Papa – representa um direito fundamental inalienável e inviolável, enraizado na dignidade de cada ser humano e reconhecido por vários documentos internacionais, entre os quais, antes de mais, a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Além disso, segundo o Papa, a abertura á transcendência constitui uma garantia indispensável para a dignidade humana porque existem desejos e exigências do coração de cada pessoa que somente em Deus encontram compreensão e resposta.
O respeito da religião contribui além disso para desmentir a repreensão repetida de ter esquecido Deus, com a qual algumas redes terroristas , como pretexto procuram justificar as suas ameaças á segurança das sociedades ocidentais







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