Batalha dura contra o terrorismo mas dentro da legalidade. A liberdade religiosa compreende
também o direito de mudar de religião, garantido a nivel juridico e na praxe quotidiana:
salientou Bento XVI esta Sexta feira
(21/9/2007) Nos sistemas democráticos o uso da força nunca justifica a renuncia aos
princípios do estado de direito: de facto pode-se proteger a democracia ameaçando
os seus fundamentos? Foi o que afirmou Bento XVI no discurso dirigido aos parlamentares
da Internacional democrática de Centro e democrata cristã, recebidos esta sexta feira
em audiência em Castelgandolfo, depois de ter denunciado a ameaça do terrorismo. É
necessário portanto – acrescentou o Papa – tutelar incansavelmente a segurança da
sociedade e dos seus membros, contudo salvaguardando os direitos inalienáveis de cada
pessoa. O terrorismo – prosseguiu – deve ser combatido com determinação e eficácia,
conscientes de que, se o mal é um mistério pervasivo, a solidariedade dos homens no
bem é um mistério ainda mais difusivo. A sociedade tem certamente o direito de
defender-se – disse o Papa – mas este direito, como qualquer outro, deve ser sempre
exercido no pleno respeito das regras morais e jurídicas também no que diz respeito
á escolha dos objectivos e dos meios. No seu discurso Bento XVI falou ainda da
liberdade religiosa que compreende também o direito de mudar de religião que deve
ser garantido não só juridicamente mas também na pratica quotidiana. ( Uma implícita
condenação da praxe em vigor nos país islâmicos) Não se pode portanto excluir Deus
do horizonte do homem e da história. É por isso – explicou – que deve ser acolhido
o desejo comum a todas as tradições autenticamente religiosas, de mostrar publicamente
a própria identidade, sem ser obrigado a escondê-la ou mimetizá-la. A liberdade religiosa
– recordou ainda o Papa – representa um direito fundamental inalienável e inviolável,
enraizado na dignidade de cada ser humano e reconhecido por vários documentos internacionais,
entre os quais, antes de mais, a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Além
disso, segundo o Papa, a abertura á transcendência constitui uma garantia indispensável
para a dignidade humana porque existem desejos e exigências do coração de cada pessoa
que somente em Deus encontram compreensão e resposta. O respeito da religião contribui
além disso para desmentir a repreensão repetida de ter esquecido Deus, com a qual
algumas redes terroristas , como pretexto procuram justificar as suas ameaças á segurança
das sociedades ocidentais