2007-09-20 12:09:44

Aumenta a intolerância religiosa no mundo: a Santa Sé pede defesa da liberdade religiosa


(20/9/2007) A Santa Sé tomou a palavra em defesa da liberdade religiosa, na VI sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que decorre em Genebra.
O Observador Permanente da Santa Sé junto dos organismos especializados das Nações Unidas e outras Organizações Internacionais em Genebra, Arcebispo Silvano Tomasi, asseverou que, pela sua natureza, a liberdade religiosa é uma espécie de "ponte" entre as distintas categorias dos direitos humanos.
O desenvolvimento da protecção e da promoção de todos os direitos humanos fundamentais "mostra que a liberdade religiosa pode servir como elemento de síntese, como ponte entre as diversas categorias de direitos humanos", advertiu.
Contudo, disse o representante da Santa Sé, "nos debates actuais existe a ideia de que a comunidade internacional deve enfrentar a difícil tarefa de equilibrar liberdade religiosa, liberdade de expressão, respeito das crenças e das convicções religiosas e não-religiosas, difamação da religião e dos membros de uma religião".
"A profissão de uma religião em público ou em particular é, de facto, uma liberdade que pertence não só ao terreno dos direitos civis e políticos – e portanto ligada à liberdade de pensamento, de expressão e de culto –, mas também ao dos direitos económicos, sociais e culturais", afirmou D. Tomasi.
Este Arcebispo italiano explicou a sua ideia falando "da capacidade de auto-organização das religiões, da acção caritativa dos membros das comunidades de fé e das formas de solidariedade levadas diante pelas instituições religiosas nos sectores da saúde, da educação e da formação".
"A presença e a influência das principais religiões do mundo também foi frequentemente um meio para transcender as limitações subjectivas da ordem jurídica positivista com normas morais objectivas, que servem ao bem comum de toda a humanidade", acrescentou.
De acordo com o delegado da Santa Sé, reconhecer à liberdade religiosa o papel de garantia da inter-relação entre os diversos direitos fundamentais significa que "os poderes públicos deveriam trabalhar de tal modo que a profissão de uma religião não limite os direitos civis ou a participação política e institucional".
O Conselho dos Direitos Humanos, composto por 47 membros, é o organismo do sistema das Nações Unidas encarregado de vigiar e promover os direitos humanos entre os Estados-membros da Organização.








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