IRÃ, IRAQUE, CORÉIA DO NORTE E CHINA REPROVADOS NO RELATÓRIO DOS EUA SOBRE LIBERDADE
RELIGIOSA
Washington, 15 set (RV) - O governo dos EUA apresentou ontem, seu relatório
anual sobre a liberdade religiosa no mundo, com duras reprovações sobre o comportamento
do Irã, Iraque, Coréia do Norte, Eritréia, China e Mianmar.
Ao apresentar
o relatório, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, disse: "A liberdade religiosa
é parte integral dos nossos esforços para combater a ideologia do ódio e a intolerância
religiosa, que alimentam o terrorismo global."
O embaixador John Hanford, responsável
pelo relatório, afirma que "não há assunto mais fundamental para os Estados Unidos
do que a liberdade religiosa".
Analisando o caso de país para país, o diplomata
afirmou que, no Iraque, as minorias religiosas "são vulneráveis", porém, o problema
maior é "a segurança, que dificulta a prática religiosa de maneira normal".
Sobre
o Irã, os EUA denunciam que o governo "mantém sua implacável" repressão religiosa
contra muçulmanos não-xiitas, cristãos e judeus. Em Cuba, onde os grupos religiosos
devem se registrar obrigatoriamente no Ministério da Justiça, o governo "outorgou
o registro a numerosos grupos, mas o negou a muitos outros".
No caso da Eritréia,
John Hanford sustenta que "o governo continua perseguindo e detendo as minorias religiosas,
em particular os cristãos protestantes".
Quanto ao o regime de Mianmar, "continua
se infiltrando e vigiando de forma encoberta as reuniões e atividades de, praticamente,
todas as organizações, entre elas as religiosas" _ afirmou Hanford.
Por fim,
a China: Hanford afirma que o presidente dos EUA, George W. Bush, a secretária Rice
e outras autoridades norte-americanas "fizeram um esforço, para encorajar maior liberdade
religiosa, condenando abusos e apoiando tendências positivas". Todavia, Washington
se preocupa com as novas regras chinesas, que "restringem a liberdade de ir e vir,
de monges e monjas budistas tibetanos e perseguem cristãos não afiliados a denominações
aprovadas pelo governo". As novas regras colocam em dificuldades também os muçulmanos.
(BF/AF)