2007-09-12 17:20:57

GROENLÂNDIA: CONCLUÍDO SIMPÓSIO MULTI-RELIGIOSO SOBRE O ÁRTICO


Nuuk, 12 set (RV) - Os mais de 150 passageiros do cruzeiro-simpósio "Ártico, espelho da vida", chegaram ontem, a Narsaq, etapa conclusiva do passeio de estudos pela Groenlândia. Ali, foi realizada a sessão final do congresso científico. Hoje, terá lugar um momento de reflexão e de oração.

Da exuberância da floresta pluvial amazônica ao majestoso silêncio do Ártico, o empenho em favor da salvaguarda da Criação não conhece confins. Esse foi o conceito emerso do simpósio sobre religião, ciência e ambiente, cujos participantes estiveram na nossa Amazônia, ano passado e, este ano, se ocupam de questões árticas.

No Ano Polar Internacional que os especialistas dedicaram ao estudo das extremidades do Planeta, o simpósio sobre a região ártica encerrou-se, sob o signo de uma nova colaboração entre religião e ciência: uma colaboração que vá além das polêmicas, incompatibilidades e discrepâncias, e que se conscientize da responsabilidade de todos para com o ambiente _ patrimônio comum do gênero humano.

Entre os últimos assuntos abordados nas sessões de trabalho, estiveram as bases militares no Pólo Norte, como a estadunidense de Thule, no norte da Groenlândia. Foi ali que, em 1968, um avião dos Estados Unidos explodiu, com quatro bombas de hidrogênio a bordo.

A poluição radioativa _ efetivamente, uma das ameaças ao Pólo Ártico _ e as conseqüências das mudanças climáticas _ do degelo glacial à movimentação da calota polar _ estão mudando a fisionomia da região.

Naturalmente, reforça-se, nesse sentido, também o compromisso inter-religioso para com a Criação: o próprio simpósio da Groenlândia é prova disso. O encontro reuniu ortodoxos, católicos, judeus, muçulmanos, hinduístas, xintoístas, luteranos, anglicanos, batistas, budistas e evangélicos, além de seguidores de crenças locais da Lapônia (região ao norte da Finlândia) e esquimós. Todos convidados pelo patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, pela União Européia e pelas Nações Unidas.

A salvaguarda da criação, a atenção do homem ao ambiente em que vive e as agressões perpetradas a esse ambiente, por seus habitantes, o futuro da terra e do ser humano são temas que têm a constante atenção de toda a Igreja.

Em 2002, na Itália, Bartolomeu I assinou, com João Paulo II, uma declaração comum, I, reafirmando a importância da espiritualidade para preservar a Criação, em vista do bem-estar das futuras gerações.

Outra declaração conjunta foi assinada, com Bento XVI, em 30 de novembro de 2006, na residência do patriarca, em Constantinopla. (CM/AF)







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