2007-09-10 14:12:01

NO ÚLTIMO DIA DE SUA PEREGRINAÇÃO À ÁUSTRIA, BENTO XVI VISITA ABADIA E SE ENCONTRA COM O MUNDO DO VOLUNTARIADO


Viena, 09 set (RV) – No quadro de sua peregrinação à Áustria, Bento XVI visitou, esta tarde, a Abadia de Heiligenkreuz, a cerca de 30 km, de Viena, etapa importante no caminho rumo ao santuário de Mariazell. Os peregrinos provenientes do Leste europeu, que se dirigem ao santuário mariano, percorrem a estrada onde se encontra a abadia, chamada "Via-sacra austríaca".

A Abadia de Heiligenkreuz é um mosteiro cisterciense _ o mais antigo do mundo _ dedicado à Bem-aventurada Virgem Maria da Santa Cruz, fundado em 1135, por Leopoldo III. Em 1188, o duque Leopoldo V presenteou o mosteiro com uma relíquia da Santa Cruz, ali venerada ainda hoje.

Na abadia, o papa visitou essa relíquia exposta sobre o altar da basílica de Heiligenkreutz, onde se deteve em oração. A seguir, disse algumas palavras aos presentes, entre os quais 60 monges, estudantes de Teologia, representantes do governo local, alguns bispos e paroquianos.

O pontífice recordou as Regras de São Bento, segundo as quais "nada pode ser anteposto ao Ofício Divino", que os monges recitam em coro.

"Na vida dos monges, a oração é de suma importância: é o centro de sua tarefa profissional. De fato, eles exercem a profissão de homens de oração. Sua vida e oração se tornam adoração. Trata-se de um serviço sacro que prestam a Deus e aos homens".

Portanto _ ressaltou Bento XVI _ o núcleo da vida monástica é a adoração. A esse núcleo, São Bento acrescentou o trabalho: "Ora et labora" (oração e trabalho). Assim, os monges dão prioridade à salvaguarda da alma e da criação.

O Santo Padre recordou ainda, que a Áustria é o reino dos mosteiros, por ser rica de abadias e mosteiros seculares, lugares de cultura e de tradição, oásis do espírito.

O Santo Padre concluiu, exortando os monges a continuarem dando testemunho da presença de Deus, num mundo secular, árido e sedento de Deus.

O último encontro do papa, nesta sua visita à Áustria, foi com o mundo do voluntariado, na Casa dos Concertos (Viener Konzerthaus), de Viena.

A Viener Konzerthaus foi inaugurada em 1913, na presença do Imperador Francisco José I.

No discurso que dirigiu aos presentes, o papa manifestou seu reconhecimento a Deus e aos homens de boa vontade, por todas aquelas pessoas que oferecem seu serviço gratuito, ao irmão mais necessitado.

Trata-se _ disse o pontífice _ de uma contribuição ativa e responsável na vida social e eclesial; de uma transmissão aos outros, do dom e do amor recebidos gratuitamente de Deus.

"Se no homem concreto, que encontramos, Jesus está presente, então a atividade, a título gratuito pode tornar-se uma experiência divina. A participação nas diversas situações e necessidades dos homens conduz a um novo estilo de convivência e de atuação. Assim, o serviço gratuito pode ajudar as pessoas a saírem do seu isolamento e integra-se na sociedade."

Ao término do encontro com o mundo do voluntariado, o pontífice se transferiu para o aeroporto de Viena, de onde partiu de retorno para Roma. (MT/AF)







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