2007-09-10 11:34:38

Bento XVI de novo em Castelgandolfo depois de três dias de viagem apostólica á Austria: despedindo-se o Papa agradeceu o acolhimento recebido e recordou o papel central do país, na Europa e no mundo


(10/9/2007) Bento XVI encontra-se de novo em Castelgandolfo aonde regressou neste Domingo à noite , após uma viagem apostólica de três dias à Áustria que o levou ao Santuário mariano de Mariazell, um dos mais importantes da Europa.
O Papa deixou mensagens em favor da vida e dos valores cristãos na Europa, manifestando-se preocupado com o futuro de um Continente que parece querer viver sem Deus, sem filhos e sem convicções.
A sétima viagem do Papa ao estrangeiro foi acompanhada por chuva persistente, o que não impediu que milhares de pessoas participassem nas celebrações eucarísticas de Sábado, em Mariazell - 30 mil pessoas vindas de toda a Europa central -, e de Domingo, na Catedral de Santo Estêvão, completamente lotada (8 mil pessoas e milhares no exterior).
Antes de deixar Viena, Bento voltou a defender a importância da herança cristã na Europa, desejando que a Áustria "leve o seu contributo às instituições europeias e à promoção das relações internacionais, interculturais e inter-religiosas, favorecendo a penetração dos valores tradicionais do Continente, impregnados pela fé cristã".
Na despedida, no aeroporto de Viena, domingo ao fim da tarde, Bento XVI agradeceu ao presidente austríaco, a todas as autoridades do país, aos bispos e a todos os que se empenharam na preparação desta viagem e no cordial acolhimento que lhe reservaram. Referindo com apreço “a abertura e hospitalidade” da Áustria, “uma das grandes qualidades deste país”, o Papa aludiu à posição geográfica e histórico-cultural do país e da sua capital para formular votos de uma presença activa a favor da paz entre os povos, nomeadamente no continente europeu:

“Que a busca de uma compreensão recíproca, e a formação criativa de vias sempre novas que favoreçam a confiança entre os homens e os povos, inspirem a política nacional e internacional deste país! À luz da sua experiência histórica e da sua posição no centro vivo da Europa, Viena pode dar o seu contributo neste sentido, favorecendo assim a penetração dos valores tradicionais do Continente, permeados de fé cristã, nas instituições europeias e no âmbito da promoção das relações internacionais, interculturais e inter-religiosas”.

Passando brevemente em revista as principais etapas da viagem, Bento XVI referiu nomeadamente a visita, domingo à tarde, à Abadia de Heiligencreuz:

“A tradição ali cultivada pelos monges cistercienses põe-nos em ligação com as nossas raízes, cuja força e beleza provêm em última análise do próprio Deus. A Academia Teológica Pontifícia existente junto da Abadia recorda-nos que quanto nos foi transmitido carece sempre de uma nova e mais profunda contemplação e reflexão, como também de uma sua ulterior transmissão, na fidelidade ao Evangelho e à doutrina da Igreja”.


Quase a concluir esta saudação final, ao partir da Áustria, Bento XVI referiu ainda, como especialmente “comovente”, o seu encontro, sábado à tarde, com os voluntários das Organizações assistenciais:


“Os milhares de voluntários que tive ocasião de ver representam os tantos outros que, em toda a Áustria, com a sua disponibilidade a ajudar, fazem com que as características nobres do homem se manifestem como imagem quotidiana, na qual os crentes podem reconhecer o amor de Cristo”.


E o Papa concluiu confiando “à Mãe da Graça de Mariazell… e a todos os santos e bem-aventurados da Áustria, o presente e o futuro do país”. “Juntamente com eles queremos olhar para Cristo, nossa vida e nossa esperança”.








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