Novo apelo de Bento XVI em defesa do ambiente:"o cuidado com o meio ambiente, a promoção
do desenvolvimento sustentável e a atenção particular às mudanças climáticas têm de
ser temas de grave preocupação para a família humana".
(7/9/2007) Numa mensagem enviada aos participantes do simpósio internacional "Ártico:
Espelho de Vida", a decorrer na Gronelândia, o Papa escreve que "os países industrializados
não são moralmente livres para repetir os erros cometidos no passado, e assim continuar
imprudentemente a prejudicar o meio ambiente". O texto, é dirigido ao Patriarca
Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, um dos promotores da iniciativa. Segundo
o Papa, "nenhum país ou sector do comércio pode ignorar as implicações éticas presentes
em todo o desenvolvimento económico e social". A mensagem deixa claro que "o cuidado
com o meio ambiente, a promoção do desenvolvimento sustentável e a atenção particular
às mudanças climáticas têm de ser temas de grave preocupação para a família humana".
"As recentes pesquisas científicas demonstram com clareza que o impacto das acções
humanas em qualquer lugar ou região pode ter efeitos mundiais", escreve o Papa. Nesse
sentido, Bento XVI lembra que "as consequências da degradação do meio ambiente não
podem ser limitadas a uma área determinada ou a um povo" pois "danificam a coexistência,
traem a dignidade humana e violam os direitos dos cidadãos que desejam viver num ambiente
seguro". Como caminho para o futuro, o Papa considera que todos os países devem
partilhar as chamadas "energias limpas" e assegurar que "os seus próprios mercados
não contribuem para a proliferação da poluição", convidando "toda a humanidade - crianças
e adultos, indústria, Estados e organismos internacionais - a levar a sério as responsabilidades
sobre o meio ambiente".