2007-09-07 14:12:19

A Igreja deve perder o medo de ser livre: D. Carlos Azevedo pede «ousadia» da Igreja, na sua acção social, e menos dependência dos subsídios
 


(7/9/2007) "A tradição dá modelos e mostra que houve ousadia em determinados tempos da história por parte de muitas figuras da Igreja" - afirmou aos jornalistas D. Carlos Azevedo, bispo Auxiliar de Lisboa, no encerramento da Semana da Pastoral Social que ontem (6 de Setembro) terminou em Fátima.
O momento actual "é de crise" e "com situações clamorosas". Perante este cenário, o bispo auxiliar de Lisboa apela à "reflexão sobre a realidade" e à existência de mística, "algo que nos galvanize e motive".
Neste contexto social é fundamental "encontrar perspectivas utópicas" que "nos lancem para caminhos quase do impossível e nos levem a perder o medo". Nos domínios governamentais, da economia, da política, as "pessoas vivem situações de medo" - salienta.
A Acção Sócio-Caritativa da Igreja está dependente dos protocolos com o Estado mas "o imperativo do amor cristão não pode ficar impedido por apoios de subsídios". E alerta: "Temos de encontrar formas alternativas e inovadoras".
Com ou sem apoios do Estado, D. Carlos Azevedo realça que "se o Estado tiver miopia para não ver a importância deste trabalho devemos encontrar formas para responder às reais necessidades das pessoas". A Igreja deve "perder o medo de ser livre nestas dimensões" - sublinha o D. Carlos Azevedo.
Na sua conferência - subordinada ao tema «Tradição e inovação no agir da Igreja» - o bispo auxiliar de Lisboa disse às centenas de pessoas que "ser neutrais no campo social é já estar de um lado porque a imparcialidade é impossível". E finaliza: "Não intervir é pecar. Há silêncios, ausências, desconhecimentos que fazem o jogo da maldade".
(Com Ecclesia)







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