BENTO XVI A BISPOS DO CAMBOJA E LAOS: IGREJA NÃO QUER SE IMPOR
Castel Gandolfo, 06 set (RV) - As "condições difíceis e a grande diversidade
de situações" que caracterizam o compromisso pastoral no Laos e no Camboja estiveram
no centro do discurso do papa, aos bispos dos dois países asiáticos, recebidos esta
manhã, em visita "ad Limina".
Bento XVI usou palavras de encorajamento em seu
discurso, ressaltando "as provações" que eles afrontam e a "força interior" que manifestam,
apesar das "dificuldades da vida cotidiana".
O pontífice saudou calorosamente
os sacerdotes, em particular _ disse _ aqueles que amadureceram sua vocação nas comunidades
dos respectivos países. Expressou reconhecimento aos missionários, pelo "eloqüente
testemunho" deles, e fez votos de que o compromisso de proclamar a palavra de Cristo
Salvador dê frutos, "considerando a sensibilidade dos povos, tornando-a inteligível
para as suas mentalidades e culturas".
O Santo Padre ressaltou "o compromisso
corajoso a serviço do Evangelho" assumido pelos religiosos e catequistas, bem como
por muitos fiéis.
Referindo-se ao Camboja, ressaltou, em particular, a longa
história dos cristãos nessa área, recordando que, recentemente, a Igreja festejou
os 150 anos de sua presença. Em seu anúncio _ reiterou o papa _ "a Igreja não procura
impor-se, mas sim testemunhar sua consideração pelo homem e pela sociedade em que
vive".
"Os católicos manifestam sua identidade" _ afirmou Bento XVI, acrescentando
que o fazem "respeitando as outras tradições religiosas e as culturas dos povos.
Acerca
do compromisso da Igreja Católica no social, o papa afirmou que ele "é apreciado pelas
respectivas populações e pelas autoridades". A seguir, retomando o que escreveu na
encíclica Deus caritas est (Deus é amor), definiu como "muito importante que
a atividade caritativa da Igreja mantenha todo o seu esplendor e não se dissolva numa
organização comum de assistência, tornando-se uma simples variante". (RL/AF)