Arcebispo do Lubango advoga continua consolidação da paz

(6/9/2007) Em Angola o Presidente da Comissão Episcopal de Justiça e Paz advogou esta quarta-feira, em Luanda,  a necessidade de todos continuarem a defender a Paz como o maior bem conquistado pelos angolanos.
O Arcebispo do Lubango, D. Zacarias Kamuenho, pronunciou-se a favor da união de esforços para a consolidação da Paz durante a  abertura do XV encontro nacional da Comissão Episcopal de Justiça e Paz.
«O presente encontro situa-se numa estratégica e excelente encruzilhada. Estamos no quinto ano da Paz e no segundo ano dos acordos de Paz e Reconciliação para a Província de Cabinda. A Igreja diz presente à  colaboração com todos os homens na consolidação da Paz, na Justiça e no amor e diz presente na preparação dos instrumentos da mesma Paz. Para o primeiro pacote acreditamos ser benéfico o trabalho que fazemos junto dos irmãos, ontem inimigos de armas nas mãos,  hoje apenas adversários políticos».
No mesmo diapasão, o prelado acentuou que para consolidação da Paz se devem usar todas as realizações possíveis ao alcance da sociedade. «Os Congressos Pro Pace que se vão realizando nas Dioceses graças à ajuda da União  Europeia, os fóruns do Coiepa promovendo debates entre a sociedade civil, os programas da Rádio Ecclesia ou da Rádio Nacional levados pelas Igrejas, como o Ecos do Evangelho, as emissões televisivas de programas religiosos,  outra coisa não desejam que consolidar a Paz», disse.
Referiu que a Igreja continuará a apoiar todos os esforços tendentes a proteger a Paz, elevando também a justiça social a um nível igualmente alto,  em que o cidadão possa possuir o mínimo para sua dignidade.
Ressaltou que «não há Paz sem a verdade pois só esta liberta, que não há Paz sem liberdade,  o antidoto contra a intolerância e que não há Paz sem amor, não falamos ainda do amor evangélico, falamos do amor, este amor que cimentou as nações hoje feita nação angolana formada por um mosaico maravilhoso que se chama Angola».
O encontro anual da Comissão Episcopal de Justiça e Paz começou esta quarta feira com a leitura de relatórios de actividades das Comissões diocesanas e vai abordar até esta sexta feira “a intolerância político-partidária”, “a incidência dos Congressos Por Pace”, “monitoria social e boa governação”, e “a Assembleia da Imbisa, sínodo para África: incidências sobre a pastoral da Justiça e Paz em Angola”.
Na reunião tomam parte delegados de todas as Dioceses de Angola.
(Em Apostolado)