IMIGRAÇÃO: TEMA IMPORTANTE NA AGENDA DA III ASSEMBLÉIA ECUMÊNICA DA EUROPA
Sibiu, 04 set (RV) - Inicia-se hoje, em Sibiu, Romênia, a III Assembléia Ecumênica
da Europa, fórum que reunirá mais de dois mil delegados de Igrejas e comunidades católicas,
ortodoxas e protestantes, para um balanço do diálogo entre os cristãos da Europa.
Esta
assembléia foi convocada pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE)
e pela Conferência das Igrejas Européias (CEC/KEK). O tema desta terceira assembléia
é "A luz de Cristo ilumina a todos – Esperança de renovação e unidade na Europa".
O
presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", Cardeal Renato Raffaele Martino,
fará seu pronunciamento perante esta assembléia, sobre o tema "Imigração: uma oportunidade
para o ecumenismo".
A imigração é um dos temas importantes na agenda internacional,
muito discutido hoje, um fenômeno complexo do mundo moderno, que causa transformações
sociais, sendo, ao mesmo tempo, um forte impulso ao desenvolvimento da economia mundial.
O
teólogo evangélico suíço, Stefan Tobler, professor de Teologia Sistemática, no Departamento
de Teologia Evangélica de Sibiu, disse que o "mais importante é que, de Sibiu parta
um sinal que renove a atmosfera ecumênica, não muito positiva nos anos passados".
"Houve vários elementos que encorajaram aqueles que estiveram empenhados no
diálogo ecumênico e, por isso, agora é necessário um momento forte de esperança, um
momento em que sopre o Espírito Santo" _ acrescentou ele.
O teólogo evangélico
afirmou ainda, que, para a história do ecumenismo, este encontro na Romênia representa
uma etapa importante, "porque não estamos atravessando um momento feliz em relação
ao diálogo ecumênico" _ sublinhou.
O professor observou que os evangélicos
olham com esperança para este encontro de Sibiu, apesar do documento publicado em
julho passado, pela Congregação para a Doutrina da Fé, intitulado "Respostas a questões
relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja". Nesse documento, de fato,
se afirma que as Igrejas Evangélicas não são Igrejas no verdadeiro sentido da palavra.
"Tal afirmação contribuiu para esfriar um pouco o clima de diálogo ecumênico" _ finalizou
Stefan Tobler. (MJ/AF)