MURO ISRAELENSE PASSA POR MEIO DE PROPRIEDADE SALESIANA EM BEIT JALA
Beit Jala, 01 set (RV) - A construção do muro de separação israelense atinge
também os salesianos. Pe. Giovanni Laconi, da inspetoria salesiana do Oriente Médio,
escreve: "A comunidade salesiana se opõe firmemente à política de separação israelense,
reitera seu total desconhecimento quanto à planificação do traçado do muro e, ao mesmo
tempo, dirige um apelo a todas as autoridades competentes, a fim de que seja retomada
a legalidade internacional."
A nota foi divulgada no início dos trabalhos
para a construção do muro israelense no território palestino de Beit Jala, no qual
se encontra a Casa de Cremisan, mantida pelos salesianos.
"A comunidade salesiana
não contribuiu de nenhuma maneira para a construção do muro _ explica Pe. Laconi _
que veio a agravar a difícil condição do vilarejo palestino. Da mesma forma, os salesianos
não favoreceram _ direta ou indiretamente _ a requisição das terras pertencentes ao
próprio vilarejo."
Pelo contrário, durante longos períodos, na primeira e segunda
Intifadas, os salesianos "permitiram a passagem aos meios palestinos, por suas estradas
internas, vista a falta de alternativas para a conexão entre o norte e o sul dos territórios".
Assim, sendo, os salesianos renovam sua "solidariedade" à população palestina,
"ainda submetida às severidades da ocupação" e auspiciam que "todo e qualquer muro
erigido para separar as pessoas, possa ruir, para um futuro de paz".
A Casa
de Cremisan conseguiu garantir que os fornecimentos de água e eletricidade não fossem
tocados e que continuassem a servir o vilarejo. "Os camponeses palestinos vinham trabalhar
em nossas cantinas, desde 1890, mas depois da construção do muro, duvido que possam
continuar. Infelizmente, não somos os primeiros. Outras congregações na Palestina
estão enfrentando a mesma dramática situação" _ conclui o sacerdote salesiano. (BF/AF)