POLÍTICOS CRITICAM INVESTIGAÇÃO CONTRA A IGREJA NA ITÁLIA
Roma, 31 ago (RV) - Políticos e funcionários italianos acusaram setores radicais
e maçons, de serem os responsáveis pelas ameaças da Comissão Européia, de investigar
supostas "vantagens fiscais" da Igreja Católica na Itália. A imprensa italiana recolheu
as declarações de ministros e parlamentares nacionais que rechaçam a iniciativa da
União Européia.
O ministro da Infra-estrutura italiano, Antonio Di Pietro,
denunciou "uma manipulação política, com o intento de colocar obstáculos àqueles que
fazem o bem", e considerou que a União Européia "faria melhor, se se ocupasse do chamados
"paraísos fiscais"". Por sua vez, o Ministro da Justiça, Clemente Mastella, assegurou
que as suspeitas da Comissão Européia são apenas um "pretexto".
Ao mesmo tempo,
o partido União dos Democratas Cristãos e de Centro (UDC) atribuiu a iniciativa a
círculos "radicais e maçons", em Bruxelas. O partido Força Itália acusou, implicitamente,
uma ministra do governo de Romano Prodi, a ex-delegada européia, Emma Bonino, uma
das líderes do Partido Radical Italiano, de estar por trás das investigações da Comissão
Européia. A esquerda, encabeçada pelos Verdes, apóia totalmente a realização de uma
eventual investigação da Comissão.
O presidente da Conferência Episcopal Italiana,
Dom Angelo Bagnasco, arcebispo de Gênova, recordou que a Igreja ajudou muita gente
no passado, e pediu para que não se caia em "preconceitos ideológicos".
Na
Itália, a Igreja Católica goza, em alguns casos, de uma isenção do imposto predial,
e uma redução de 50% na taxa sobre atividades empresariais nos setores da saúde e
a educação. (JD/AF)