2007-08-28 20:16:14

IGREJA RECORDA SANTO AGOSTINHO, GRANDE BISPO E PENSADOR CRISTÃO, PARTICULARMENTE ESTIMADO POR BENTO XVI


Cidade do Vaticano, 28 ago (RV) - A Igreja recorda hoje, Santo Agostinho, bispo de Hipona, padre e doutor da Igreja, cujo pensamento muito influenciou a doutrina cristã. Bento XVI inspira-se muitas vezes em sua teologia.

De fato, o pontífice reconhece nos escritos do pensador africano, um válido guia para aqueles que se encontram na busca da verdade e querem entender os dogmas do Cristianismo. Em seus discursos e em suas homilias, o papa cita muitas vezes Santo Agostinho, para evidenciar seus preciosos ensinamentos.

Sua personalidade, obras e ministério traçaram um marco no Cristianismo, e seu pensamento e reflexões encontram-se hoje, entre os fundamentos da teologia, por isso a Igreja o reconheceu padre e doutor.

Tendo vivido entre os séculos IV e V, Santo Agostinho é autor de uma vasta biblioteca que trata de vários temas, entre os quais o da interioridade, do livre arbítrio e da graça. E não se pode deixar de mencionar a cristologia e a eclesiologia do bispo de Hipona, desenvolvidas por Bento XVI quando era jovem estudante, na tese que, em 1953, o fez doutor em Teologia: "Povo e casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho".

Profundo conhecedor dos Padres da Igreja, o papa ressaltou, reiteradas vezes, que a figura do bispo de Hipona teve muito peso em sua vida de teólogo e de pastor e, antes ainda, de homem e sacerdote, como disse no dia 22 de abril passado, na visita que fez à Basílica de São Pedro in Ciel d'Oro, de Pavia _ na região italiana da Lombardia _ onde são conservadas as relíquias de Santo Agostinho.

Encontrando os estudantes do Seminário Maior de Roma, no dia 17 de fevereiro passado, Bento XVI contou seu encontro com o grande filósofo e pensador.

"Era, para mim, sobretudo, fascinante essa grande humanidade de Santo Agostinho. Teve que lutar espiritualmente para encontrar, pouco a pouco, o acesso à Palavra de Deus, à vida com Deus, ao grande sim à sua Igreja. Esse caminho tão humano, no qual também hoje, podemos ver como se começa a entrar em contato com Deus, como todas as resistências da nossa natureza devem ser levadas a sério e depois devem também ser canalizadas para chegar ao grande sim ao Senhor. Assim, me conquistou a sua teologia muito pessoal, desenvolvida, sobretudo, na pregação" _ disse o papa.

"Seguindo atentamente o curso da vida de Santo Agostinho _ disse o pontífice _ pode-se ver que a conversão... não foi um evento de um único momento, mas justamente um caminho. Assim, podemos justamente falar das "conversões" de Agostinho que, de fato, foram uma única conversão na busca da Face de Cristo e depois no caminhar junto com Ele."

Bento XVI inspirou-se em Santo Agostinho, para escrever sua primeira encíclica, Deus caritas est, evidenciando a sua mensagem central justamente em Pavia.

"Aqui, diante do túmulo de Santo Agostinho, gostaria de, idealmente, entregar à Igreja e ao mundo a minha primeira encíclica, que contém esta mensagem central do Evangelho: Deus caritas est, Deus é amor. Essa encíclica, sobretudo a sua primeira parte, é amplamente devedora do pensamento de Santo Agostinho, que foi apaixonado pelo Amor de Deus, e o cantou, meditou e pregou em todos os seus escritos e, sobretudo, testemunhou em seu ministério pastoral." (RL/AF)







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