LIDERES CATÓLICOS DAS FILIPINAS PEDEM MAIS DIÁLOGO E MENOS VIOLÊNCIA
Manila, 20 ago (RV) - A Associação dos Superiores das Congregações Religiosas
das Filipinas, "com dor e pesar", condena os últimos conflitos ocorridos no sul do
país, entre o exercito e presumíveis membros do grupo terrorista de Abu Sayyaf, militante
de Al-Qaeda, nas Filipinas.
Segundo os líderes católicos, essa situação de
violência, principalmente na região de Manila, capital das Filipinas, está banindo
da região, cerca de 80 mil famílias inocentes, que abandonam suas casas, por medo
de serem mortas.
A associação, que reúne todas as ordens e congregações
religiosas femininas e masculinas do país, denuncia as ações do governo, enfatizando
que "se aplica a mentalidade do olho por olho, dente por dente, provocando mortes
insensatas e danos irreparáveis à região". As atuações dos soldados em Manila "são
realizadas sem nenhuma prudência e fundamentadas em simples indicações e rancores
pessoais".
Os lideres católicos, num comunicado, pedem que o governo "mude
de conduta frente a essa situação, dando espaço ao diálogo, única forma para uma verdadeira
negociação de paz".
O comunicado também faz referência aos 15 militares assassinados
no final da semana passada, em Basilan, sul das Filipinas, fato que provocou o aumento
da violência no país.
O bispo prelado de Isabela, Dom Martin Jumoad, em unidade
com a Associação dos Superiores das Congregações Religiosas, lamenta a violência instaurada
na região, e diz que "a única e verdadeira resposta à violência é educar a população
à paz". (DM/AF)