JOVEM CONVERTIDO AO CRISTIANISMO COLOCA EM RISCO A PRÓPRIA VIDA
Cairo, 20 ago (RV) - Mohamed Hegazi, um jovem egípcio, de 25 anos de idade,
convertido ao Cristianismo desde os 16 anos, foi condenado à morte, pelos lideres
islâmicos no Egito, por ter-se declarado cristão.
A condenação veio à tona,
quando Mohamed e sua esposa, também ela convertida ao Cristianismo, decidiram oficializar
a fé cristã, colocando em suas respectivas carteiras de identidade, a indicação de
cristãos. A motivação da oficialização religiosa é o filho que, segundo o desejo dos
pais, nascerá cristão.
Todavia, segundo as leis do Islamismo, "quem renuncia
ao Islã é um apóstata, um desertor, que merece ser morto; e mais ainda, se se vangloria
de ter deixado o Islã". Essa foi a declaração feita pelo reitor da Universidade Islâmica
de Al Alzahr, professor Soah Saleh.
Embora os cristãos tenham liberdade religiosa
no Egito, isso não significa que tenham liberdade para evangelizar. Novas carteiras
de identidade são emitidas para cada cidadão que se torna cristão. Os muçulmanos que
se convertem, sofrem severa perseguição, que inclui a marginalização por parte da
sociedade, prisões e até tortura.
Cristãos narraram de campanhas realizadas
por militantes islâmicos, que forçaram aldeias inteiras a se converter ao Islamismo.
Extremistas muçulmanos têm-se tornado notórios pelo rapto de mulheres cristãs, numa
tática conhecida como "conversão por estupro". Cristãos estrangeiros podem enfrentar
perseguição, prisão ou mesmo extradição.
Nos últimos anos, os cristãos coptas
egípcios _ que são parte de uma antiga Igreja egípcia _ têm sido cada vez mais perseguidos.
Alguns foram mortos por militantes radicais, enquanto outros são obrigados a pagar
por sua "segurança".
No Egito, 84% da população professa a fé islâmica, e
apenas 15%, o Cristianismo. Segundo fontes católicas, o total de fiéis cristãos é
de 10,3 milhões de habitantes, em lento crescimento percentual. (DM/AF)