COMEÇA JULGAMENTO DE IMPUTADOS PELO ASSASSINATO DE SACERDOTE E LEIGA EM MOÇAMBIQUE
Maputo, 21 ago (RV) - O Tribunal Provincial de Justiça de Tete, centro de Moçambique,
começou hoje a julgar os nove acusados de envolvimento na morte, em 2006, do sacerdote
brasileiro, Pe. Waldir dos Santos, e da leiga portuguesa, Idalina Neto Gomes.
Na
agressão, ocorrida na Missão Católica de Fonte Boa, no distrito de Tsangano, a 250
km de Tete, capital da província que tem o mesmo nome, também ficaram feridos um leigo
português, um religioso moçambicano e um vigia.
No banco dos réus, sentaram-se
Horácio Maria Sande, Feston Phalusso, Joaquim António Nicoroa, Filipe Rafael Policarpo,
Adolfo Beúla, Khalid Mahomed e Benjamim Roque, enquanto os réus Jones Abrahum Gwizira
e Beston Massie, cidadãos de Malavi, estão sendo julgados à revelia, já que fugiram
após o duplo homicídio.
Segundo a acusação, os réus invadiram a missão com
o intuito de roubar. Depois da agressão, que causou a morte do sacerdote e da leiga
portuguesa, o grupo feriu também o vigia, com uma arma branca, e roubou um veículo
Toyota e dinheiro, no valor de seis mil euros.
O veículo foi recuperado e
devolvido pela polícia de Malavi, país que faz fronteira com a província de Tete.
O "crime da Fonte Boa", como é conhecido o processo do duplo homicídio, abalou o pacato
distrito de Tsangano, suscitando enorme expectativa em relação ao julgamento, que
teve início hoje. (CM/AF)