2007-08-14 19:34:13

ARCEBISPO ARGENTINO AFIRMA: "DROGA COMPROMETE O FUTURO DO PAÍS"


La Plata, 14 ago (RV) - O arcebispo de La Plata, Argentina, Dom Héctor Rubén Aguer, diante dos assaltos que acabam em homicídios, nas principais cidades do país, advertiu sobre o crescente vínculo entre esses episódios _ cada vez mais freqüentes _ e o consumo de drogas, e assinalou que, para combatê-los, se deve atacar o tráfico de estupefacientes.

"Em geral, os delinqüentes são jovens e, na interpretação que se faz desses fatos, se está acostumado a assinalar que a droga, ou seja, a dependência dessas pessoas, de substâncias estupefacientes, é a principal causa que as leva a cometer o crime" _ disse o arcebispo, acrescentando que, "por causa da alienação provocada pelas drogas, essas pessoas se tornam capazes de desprezar a vida a tal ponto a vida, que matam por um nada".

Dom Héctor Rubén Aguer lamentou a falta de políticas de Estado, para conter esse fenômeno, e destacou a expansão da "elaboração, distribuição e consumo de toda espécie de drogas, sem que surja e se articule uma reação suficiente a contê-la".

O arcebispo ressaltou o trabalho das instituições sociais e confissões religiosas que "atuam com generosidade, para atender as vítimas desse flagelo", mas recordou que "a recuperação é custosa e o êxito _ proporcionalmente ao número de pessoas atingidas _ é escasso" enquanto "continua crescendo, em progressão geométrica, a fonte dessa calamidade".

Recordando as palavras do presidente do presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, perante a Assembléia Geral das Nações Unidas, Dom Aguer sublinhou a necessidade de se "combater a organização mercantil e financeira internacional da droga", formando uma "frente compacta, que se empenhe em denunciar e perseguir legalmente os traficantes de morte" e abatendo as redes de "desagregação moral e social", a fim de colocar um "freio eficaz, à expansão do mercado de substâncias estupefacientes".

Quanto às dificuldades para vencer a luta contra o tráfico de narcóticos, o prelado a atribuiu ao "silêncio" que reina em torno desse imundo comércio: "Nos nossos bairros _ disse _ todos sabem onde e quem vende drogas, mas todos se calam, como se não soubessem. Trata-se de uma espécie de conspiração, uma rede de cumplicidades e interesses miseráveis, que envolve gente muito poderosa. Com seu infame comércio, essa gente está comprometendo o futuro da sociedade argentina" _ arrematou. (SP/AF)







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