ANISTIA INTERNACIONAL: APÓS ANOS DE REFLEXÃO, ACEITA ABORTO EM CASO DE ESTUPRO
Londres, 13 ago (RV) – A organização de defesa dos direitos humanos, Anistia
Internacional, depois de dois anos de reflexão, decidiu defender o direito de abortar,
das mulheres que tenham engravidado em conseqüência de um estupro.
A notícia
foi antecipada pelo jornal britânico "The Independent", explicando que a decisão tomada
pelos líderes da organização de defesa dos direitos humanos, reunidos no México, os
coloca em rota de colisão com a Igreja Católica e com os católicos do mundo.
A
decisão _ já anunciada em abril, pelo Comitê Executivo da organização _ que contempla
também as mulheres cuja gravidez representa risco de vida, foi tomada pela Anistia
Internacional depois de ter observado o uso do estupro como arma de guerra em Darfur,
Sudão.
Recentemente, a Anistia desencadeou forte reação e desconcerto da Santa
Sé, ao ter ampliado sua definição de direitos humanos ao direito ao aborto.
O
"The Independent" cita o presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz",
Cardeal Renato Martino, para quem os católicos poderiam boicotar a Anistia, em todo
o mundo, caso a organização não volte atrás. "Se a Anistia Internacional persistir
nessa estrada, católicos e organizações católicas deverão tirar-lhe o próprio apoio,
porque promovendo o direito ao aborto, a Anistia está traindo a própria missão" _
disse o cardeal. (AF)