Migrantes a caminho de Fátima: é a 35ª peregrinação internacional do Migrante e refugiado
a este Santuário
(10/8/2007) O Cardeal norte-americano Sean O’Malley, Arcebispo de Boston, presidirá
em Fátima à Peregrinação Internacional de 12 e 13 de Agosto, ocasião em que terá lugar
a 35ª Peregrinação do Migrante e Refugiado a este Santuário. O Santuário acolhe
assim as Comunidades portuguesas e seus missionários em férias nas suas aldeias de
origem, as várias e diferentes Comunidades de imigrantes em Portugal – africana, brasileira,
europeia de leste, entre outras – assim, como a pequena comunidade de refugiados a
viver no país. A Peregrinação marca em Portugal o início da Semana Nacional de
Migrações, promovida pela Igreja Católica. Esta iniciativa pretende, em 2007, celebrar,
por um lado, a gratidão sincera para com os países americanos que acolheram - e continuam
a acolher e a querer integrar - os emigrantes portugueses possibilitando-lhes fora
o que o País não lhes conseguiu dar para seus projectos de vida pessoal e familiar;
e, por outro, estreitar os laços de comunhão bilateral e intensificar a cooperação
missionária entre as Comissões Episcopais da Mobilidade Humana de Portugal e dos EUA.
A Comissão Episcopal Portuguesa da Mobilidade Humana (CEMH) decidiu que a Semana
Nacional de Migrações, animada em todas as dioceses pelos Secretariados da Pastoral
de Migrações/Mobilidade e Capelanias, sob o lema “Família: santuário de vida, amor
e identidade”, de 12 a 19 de Agosto, fosse dedicada às Comunidades Portuguesas do
Continente americano. Estima-se (sem contar os milhares de luso descendentes difíceis
de quantificar) em cerca de três milhões os portugueses a residir nesse continente
além-mar. Um Continente que, de forma especial desde a segunda metade do séc. XIX,
tem acolhido enormes vagas de emigrantes europeus e suas famílias em exílio, em fuga,
em busca de terra, pão e trabalho fartos. Sem deixar de ser um Continente de imigração
e de grandes deslocações internas (especialmente de sul para norte), tornou-se também
recentemente, devido à Globalização, porto de partida transatlântica. Ao contrário
da Europa, o Continente americano, de terra de imigração que sempre foi tem-se tornado
crescentemente em terra de emigração, de onde pessoas e famílias - sobretudo da América
Central e do Sul - partem rumo à Europa e a outras paragens do mundo.