2007-08-09 15:35:24

Apelo á união dos timorenses na tomada de posse do novo governo


(9/8/2007) Em Timor Leste, Xanana Gusmão e os quatro partidos que integram a Aliança para a Maioria Parlamentar (CNRT, PSD, ASDT e PD) formaram o Governo que queriam, excluindo a Fretilin, apesar de o partido ter vencido as legislativas de 30 de Junho. Em compensação, esta formação de Mari Alkatiri optou pela ausência na posse do novo Executivo, deixando antever um combate feroz no Parlamento timorense.

À margem desse confronto, o novo primeiro-ministro defendeu ontem a "transformação total do sistema", propondo uma reforma "drástica da gestão do Estado" timorense.

Entre as medidas propostas, e que já foram elogiadas pelo Presidente Ramos-Horta, Xanana Gusmão avançou com um novo sistema fiscal, "simplificado, a favor dos pobres e que incentive o sector privado, o investimento estrangeiro e a criação de emprego".

Além disso, o novo primeiro-ministro, que não deixou de agradecer à Fretilin e, em particular, a Mari Alkatiri a construção das "bases do sistema democrático" em Timor - Leste, defendeu ainda a criação de um Tribunal de Contas, de um Banco Nacional de Desenvolvimento e de uma agência de Investimentos.

Xanana Gusmão, que aludiu à necessidade de um Código Penal, insistiu ainda na necessidade de os timorenses reflectirem sobre a crise que assolou o país ao longo de 2006, na linha do que já tinha feito enquanto Presidente da República.

O novo primeiro-ministro, que vai acumular este cargo com as pastas da Defesa e do Interior, que foram unificadas, propôs igualmente uma reforma profunda das forças militares e de segurança em Timor-Leste, matéria em que partilha algumas competências com Ramos-Horta.

Sem se referir à violência dos últimos dias, nem à contestação que o seu nome suscita entre os apoiantes da Fretilin, Xanana Gusmão terminou o discurso, com uma declaração, que, neste momento, corresponde, sobretudo, a um desejo: "Não à violência, Viva Timor-Leste".








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