2007-08-08 14:00:17

"Sem Deus, não há verdadeiro humanismo", salientou Bento XVI na Audiência Geral.


(8/8/2007) "Sem Deus o homem perde a sua grandeza. Sem Deus, não há verdadeiro humanismo”: reafirmou-o o Papa nesta quarta-feira, na audiência geral no Vaticano, na catequese dedicada à figura de São Gregório de Nazianzo, teólogo do século IV, que chamou a atenção, com a sua vida e as suas obras, para “o primado de Deus”.
O Papa resumiu em poucas palavras o conteúdo desta sua catequese na saudação dirigida aos peregrinos de língua portuguesa, com os quais entoou – facto inédito no caso de Bento XVI – o Ave de Fátima… RealAudioMP3
Amados Irmãos e Irmãs
Ao recordar hoje a figura do Bispo São Gregório de Nazianzo, célebre doutor e teólogo da Igreja pela segurança de doutrina e dotes humanos, recolhemos dos seus ensinamentos fé profunda e uma vida de piedade fruto de um diálogo assíduo com Deus.
Saúdo com afecto e simpatia os peregrinos de língua portuguesa, especialmente os que aqui se encontram provindos do Brasil e de Portugal, e invoco do Altíssimo abundantes dons que sirvam de estímulo para a sua vida cristã, ao conceder benevolamente minha Bênção Apostólica.

Bento XVI, que se deslocou propositadamente de Castelgandolfo ao Vaticano, de helicóptero, para a audiência geral, prosseguiu a sua série de catequeses dedicadas aos “Padres da Igreja”, venerandas figuras de mestres e pastores dos primeiros séculos da Igreja. Depois de ter tratado, em semanas anteriores, da vida e obra de São Basílio, Bento XVI deteve-se desta vez na figura de São Gregório Nazianzeno, “orador e defensor da Igreja cristã, célebre pela sua eloquência, alma refinada e sensível”.
A propósito da amizade que o ligava a São Basílio, o Papa descreveu-a como uma relação na qual não existia a preocupação de saber qual dos dois era o primeiro, mas que permitia ao outro de sê-lo: parecia que tinham uma só alma”.
Do teólogo Gregório, o Papa Ratzinger recordou também a forte espiritualidade:
Homem de grande interioridade num mundo cheio de conflitos, São Gregório de Nazianzo, convidava os cristãos a não se ocuparem das coisas terrenas senão na medida em que fossem necessárias, vivendo uma vida que transcende as coisas visíveis, tendo na alma imagens divinas sempre puras e sendo portanto verdadeiramente um espelho imaculado de Deus e das coisas divinas, gozando na esperança presente, em colóquio com os anjos, tendo já (num certo sentido) deixado a Terra, embora permanecendo ainda nesta vida.


Bento XVI referiu os cincos Discursos Teológicos composto por Gregório Nazianzeno “para defender e tornar inteligível a fé trinitária”. Textos célebres pela segurança da doutrina, pela habilidade do raciocínio que faz compreender que é esta a fé divina e fascinantes pelo esplendor da forma”.
Para o Nazianzeno – observou o Papa – a Teologia “não era uma reflexão puramente humana, fruto de complicada especulações, mas derivava de uma vida de oração e santidade”, de um diálogo assíduo com Deus”.








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