2007-08-07 20:53:22

CONCLUI-SE VISITA DO PRESIDENTE DO PONTIFÍCIO CONSELHO DA JUSTIÇA E DA PAZ A UGANDA


Campala, 7 agos (RV) - O presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Renato Raffaele Martino, concluiu hoje, terça-feira, a sua visita pastoral a Uganda.

Durante a visita ao país africano, o Cardeal Martino presenteou o vice-presidente de Uganda, Gilbert Bukenya, com uma cópia do Compêndio da Doutrina Social da Igreja.

O purpurado sublinhou que o compêndio "é um livro que deveria ser lido por todos os políticos, independente de suas crenças, porque contém as verdades realmente universais". Para o cardeal, o Compêndio é um texto que "representa um ponto de referência para a promoção de uma cidadania verdadeiramente responsável, fundada em valores evangélicos".

O purpurado celebrou a missa conclusiva, esta manhã, na Catedral de Gulu, situada ao norte de Uganda, que contou com a participação de vários fiéis.

Durante a homilia, o presidente de Justiça e Paz, dirigindo-se especialmente aos bispos concelebrantes _ o arcebispo de Gulu, Dom John Baptist Odama, o presidente da Conferência Episcopal de Uganda e bispo de Lugazi, Dom Matthias Ssekamanya _ recordou que a paz é um dom de Deus, mas é também uma responsabilidade compartilhada por todas as Igrejas e pelo povo de Deus.

O purpurado fez um apelo em defesa dos meninos-soldados, pedindo que eles sejam reinseridos na sociedade, após terem perdido a sua infância por causa do conflito armado.

"Agora que já não mais se combate ao norte de Uganda, é preciso criar condições a fim de serem curadas as feridas provocadas pelo ódio e pela violência" _ disse ainda o purpurado.

O Cardeal Martino pediu à comunidade internacional um maior esforço em favor das crianças para que elas retornem à sociedade civil. O purpurado condenou a prática de seqüestros de menores, estimando que cerca de 30 mil crianças foram seqüestradas pelas forças rebeldes.

Falando sobre essa visita pastoral a Uganda _ que chegava a seu fim _ eis o que disse o purpurado:

"Vou-me embora cheio de esperança, porque confrontando as duas visitas _ uma em 2003 e essa realizada nesses dias _ pude observar que antes existia desespero e pessimismo, hoje, ao invés, existe uma negociação de paz que prossegue adiante. A atmosfera é realmente positiva, até mesmo nos campos de deslocados. Muitos querem retornar às suas casas, às suas terras. É uma atmosfera de esperança e de paz, e estou muito feliz de ter trazido aqui, em nome do Santo Padre, a sua solidariedade e a sua bênção. Os bispos ugandenses estiveram sempre comigo e levaram a presença de toda a Igreja nessa terra que caminha em direção da paz e da reconciliação." (MJ)







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