2007-07-30 16:22:28

SEQÜESTRAR PESSOAS INOCENTES É CONTRA A LEI DIVINA: O APELO DO PAPA, NO ANGELUS, PELOS REFÉNS COREANOS NO AFEGANISTÃO


Castel Gandolfo, 29 jul (RV) – Bento XVI encontra-se desde sexta-feira, dia 27, na residência pontifícia de verão de Castel Gandolfo, próximo a Roma, após merecido período de repouso entre as montanhas Dolomitas, nos Alpes italianos _ de 9 a 27 do corrente. Com efeito, esta manhã, ao meio-dia, o Santo Padre rezou a primeira oração do Angelus deste ano com os fiéis da cidadezinha do Lácio, reunidos no pátio interno da residência pontifícia.

Antes de rezar a oração mariana, como faz habitualmente, o Santo Padre pronunciou sua alocução dominical, expressando sua alegria de poder regressar entre os habitantes dali, durante este período de férias de verão, aqui na Europa:

"Tendo regressado, anteontem, de Lorenzago _ disse o papa _ sinto-me feliz de poder encontrar-me novamente aqui, em Caltel Gandolfo, no ambiente familiar desta linda cidadezinha, onde espero permanecer durante todo o período de verão, se Deus quiser".

O pontífice agradeceu a Deus, mais uma vez, por ter transcorrido dias serenos entre as montanhas de Cadore. De fato, o papa expressou, novamente, seu reconhecimento profundo a todos os que organizaram seus 19 dias de repouso e os que colaboraram para que tudo transcorresse bem.

Após ter agradecido a população de Castel Gandolfo pela sua cordial e típica hospitalidade, Bento XVI recordou o tema de que tratou, no Angelus domingo passado, entre as Montanhas alpinas, ou seja, a mensagem de paz que seu predecessor, Bento XV, enviou, 90 anos atrás, aos países que entravam na I Guerra Mundial.

Hoje, o Santo Padre aproveitou para falar de outra importante ocorrência, ligada ao tema da paz: os 50 anos da entrada em vigor do Estatuto da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), cuja finalidade é a de "solicitar e incrementar a contribuição da energia atômica pela causa da paz, da saúde e da prosperidade, no mundo inteiro".

A propósito, o papa recordou que a Santa Sé aprova plenamente as finalidades desse organismo internacional, do qual faz parte desde o início da sua fundação, e continua a apoiar as suas atividades. E acrescentou:

"As mudanças do nosso tempo, ocorridas nos últimos 50 anos, evidenciam que, na difícil encruzilhada em que se encontra a humanidade, se torna sempre mais atual e urgente o empenho de incentivar a não proliferação de armas nucleares, promover um desarmamento nuclear, progressivo e concorde, favorecer o uso pacífico e seguro da tecnologia nuclear, para um autêntico desenvolvimento, sempre respeitoso do ambiente, que leve em conta as populações menos avantajadas."

Por isso, o pontífice fez seus votos de que cheguem a bom termo os esforços dos que trabalham, com determinação, para a realização destes três objetivos, sobretudo para o bem dos mais pobres.

Por fim, o papa recordou o Catecismo da Igreja Católica, que diz: "A corrida aos armamentos deve ser substituída por um esforço comum, a fim de canalizar os recursos para objetivos de desenvolvimento moral, cultural e econômico, redefinindo as prioridades e as escalas de valores".

O Santo Padre concluiu sua alocução dominical fazendo a seguinte exortação aos numerosos fiéis, reunidos no pátio interno da residência pontifícia de Castel Gandolfo:

"Confiemos, novamente, à intercessão de Maria Santíssima a nossa oração pela paz, sobretudo a fim de que os conhecimentos científicos e técnicos sejam sempre aplicados com senso de responsabilidade e pelo bem comum, no pleno respeito do direito internacional. Rezemos, enfim, para que os homens possam viver em paz e sentir-se todos irmãos, filhos de um único Pai: Deus".

Em seguida, Bento XVI lembrou a onda de seqüestros no mundo, a mais recente no Afeganistão, de 22 reféns sul coreanos, afirmando que está se difundindo, entre os grupos armados, o costume de utilizar pessoas inocentes como instrumentos para reivindicar interesses de parte. Por isso, o Santo Padre fez mais um premente apelo:

"Trata-se de graves violações da dignidade humana, que estão em contraste com toda norma elementar da civilização e do direito e que ofendem gravemente a lei divina. Dirijo o meu apelo aos atores de tais atos criminosos, a fim de que desistam do mal cometido e libertem as suas vítimas incólumes".

Enfim, após ter rezado a oração do Angelus com os fiéis e peregrinos _ provenientes de diversas partes do mundo _ o pontífice saudou os presentes em várias línguas, concedendo a todos a sua Bênção apostólica. (MT)







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